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Saques da poupança reduzem financiamento imobiliário e pressionam preços dos imóveis

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Poupança em baixa: setor imobiliário enfrenta desafios

A caderneta de poupança registrou em 2023 saque líquido pelo terceiro ano consecutivo, totalizando R$ 87,8 bilhões. O movimento, que não acontecia há mais de duas décadas, reforça o alerta sobre a necessidade de criação de novas fontes de financiamento para o setor imobiliário.

Os saques da poupança se somaram ao rendimento de R$ 73,08 bilhões da caderneta ao longo do ano. Com isso, o saldo total da poupança recuou para R$ 983 bilhões, frente a R$ 998,9 bilhões no fim de 2022.

Na avaliação de economistas, os saques do ano passado são fruto do “orçamento contraído” e do “alto endividamento” das famílias.

“A população mais pobre tem sofrido com a inadimplência”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Outra hipótese levantada por ele é que, “com maior conhecimento financeiro”, a população esteja “começando a entender que a poupança é um investimento de baixo retorno” — principalmente em momentos de “forte aumento de juros”, como aconteceu nos últimos anos.

Os números publicados pelo Banco Central (BC) também mostram que as instituições financeiras que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) registraram saque de R$ 72,3 bilhões no ano passado, com o saldo recuando para R$ 747 bilhões.

“Certamente” essa queda nos saldos pode ter impacto negativo no financiamento para o setor imobiliário, afirma Vale.

“Como o setor imobiliário está relativamente desaquecido, essa questão não aparece com força”, diz. Mas ele destaca a importância da criação de novas fontes de financiamento que sejam “estruturais” e “dependam menos da poupança”.

O volume de resgates líquidos no âmbito do SBPE no ano passado representa uma desaceleração na comparação como período imediatamente anterior. Em 2023, houve uma redução anual de 9,5%, contra 10,5% em 2022.

De qualquer modo, os números de 2023 representam mais um aperto na poupança como fonte de recursos ao crédito habitacional. Nos últimos três anos, o saldo do SBPPE recuou R$ 43 bilhões.

As instituições que operam no SBPE assistiram os aplicadores retirarem R$ 188 bilhões do sistema, em saques líquidos. Em 2020, no entanto, o SBPE registrou entradas líquidas de R$ 125,5 bilhões, o que ajudou a amenizar até o fim de 2022 a situação do “funding” do crédito imobiliário baseado na poupança.

Dezembro, porém, reservou uma boa notícia ao sistema. As entradas líquidas de R$ 10,5 bilhões no SBPE amenizaram o rombo do tradicional instrumento em 2023. A captação representou crescimento de quase 100% ante o mesmo período de 2022.

Impactos no setor imobiliário

Os saques da poupança têm impacto direto no financiamento imobiliário, que depende de recursos do SBPE para atender à demanda por crédito.

Com a redução do saldo da poupança, os bancos têm menos recursos para emprestar aos clientes, o que pode levar a uma redução da oferta de crédito e a um aumento das taxas de juros.

Além disso, os saques da poupança também podem afetar o preço dos imóveis, já que a redução da oferta de crédito pode levar a uma redução da demanda.

Novas fontes de financiamento

A criação de novas fontes de financiamento para o setor imobiliário é uma das soluções para mitigar o impacto dos saques da poupança.

Uma das possibilidades é a expansão do uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiamento imobiliário.

Outra possibilidade é a criação de um programa de financiamento habitacional subsidiado pelo governo federal.

O governo federal já anunciou um programa de financiamento habitacional com taxas de juros reduzidas, mas ele ainda não foi regulamentado.

Conclusão

Os saques da poupança são um desafio para o setor imobiliário, que precisa encontrar novas fontes de financiamento para atender à demanda por crédito.

A criação de novas fontes de financiamento é essencial para mitigar o impacto dos saques da poupança e garantir o acesso à casa própria para a população.

Fonte: Valor Econômico

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