Aluguel comercial sobe 0,52% em setembro, maior alta em 9 anos
Análise do último mês:
De acordo com a apuração do Índice FipeZAP, os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² recuaram 0,20% em setembro, contrastando com o incremento mensal de 0,52% dos preços de locação do segmento*, que desaceleraram ante o resultado de agosto (+0,68%).
Comparativamente, o IPCA/IBGE registrou uma inflação mensal de 0,26%, ao passo que o IGP-M/FGV apurou um aumento de 0,37% nos preços da economia brasileira.
Com respeito às 10 localidades onde o segmento comercial é monitorado, os preços de venda apresentaram elevação em: Florianópolis (+0,81%), Niterói (+0,48%) e Campinas (+0,42%); contrastando com os recuos observados em: Brasília (-0,69%), Porto Alegre (-0,47%), Curitiba (-047%), Rio de Janeiro (-0,34%), Belo Horizonte (-0,25%), Salvador (-0,23%) e São Paulo (-0,15%).
Quanto aos preços de locação, os aumentos abrangeram todas as 10 localidades : Niterói (+2,34%), Campinas (+1,53%), Florianópolis (+1,48%), Salvador (+1,08%), Brasília (+0,94%), Curitiba (+0,90%), Belo Horizonte (+0,40%), São Paulo (+0,32%), Porto Alegre (+0,20%) e Rio de Janeiro (+0,20%).
Balanço parcial de 2023:
Até setembro, os preços de venda de imóveis comerciais acumulam uma queda de 0,63% no ano, ao passo que os preços de locação registraram alta de 4,73%. No mesmo período, o IPCA/IBGE registra uma inflação acumulada de 3,50%, contrastando com a deflação de 4,93% exibida pelo IGP-M/FGV.
Análise dos últimos 12 meses:
Considerando os últimos resultados, os preços de venda de imóveis comerciais passaram a acumular uma queda de 0,84% nos últimos 12 meses, em contraste ao comportamento dos preços de locação do segmento, que avançaram, em média, 6,88% na mesma janela temporal.
Em termos históricos, o avanço dos preços de locação de imóveis comerciais em 12 meses atingiu seu maior percentual desde o registro de fevereiro de 2014 (+7,67%).
Para fins e comparação, os principais índices de preço de referência da economia apresentaram as seguintes variações acumuladas nos últimos 12 meses: +5,19% (IPCA/IBGE) e -5,97% (IGPM/FGV).
Individualmente, 6 das 10 localidades registraram recuos nos respectivos preços de venda nesse horizonte: Porto Alegre (-4,29%), Belo Horizonte (-3,48%), Salvador (-2,91%), Rio de Janeiro (-2,60%), Curitiba (-0,54%) e Niterói (-0,41%); contrapondo-se às valorizações apuradas nas demais: Florianópolis (+1,79%), Campinas (+1,45%), Brasília (+1,29%) e São Paulo (+1,08%). Quanto ao aluguel, as variações acumuladas nos últimos 12 meses foram as seguintes: Niterói (+12,45%), Salvador (+11,80%), Curitiba (+10,57%), Campinas (+9,00%), Rio de Janeiro (+8,87%), Florianópolis (+7,58%), São Paulo (+6,80%), Porto Alegre (+2,50%), Belo Horizonte (+0,16%) e Brasília (-0,67%).
Preço médio de venda e locação:
De acordo com a amostra utilizada no cálculo do Índice FipeZAP Comercial de setembro de 2023, o valor médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi avaliado em R$ 8.398/m2, no caso de imóveis anunciadas para venda, e de R$ 42,00/m2 entre unidades oferecidos para locação.
Considerando as 10 cidades monitoradas, São Paulo se destacou com o maior valor médio do segmento, tanto para venda (R$ 10.005/m2) e locação (R$ 50,36/m2).
Comparativamente, os preços médios de venda e de locação de imóveis comerciais no Rio de Janeiro foram de R$ 8.710/m² e de R$ 41,91/m², respectivamente.
Rentabilidade do aluguel comercial*:
Pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda, é possível calcular uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir em imóveis com a finalidade de obter renda com o aluguel.
Além disso, o indicador resultante (rental yield) pode ser útil para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a alternativas de investimento. Em setembro de 2023, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi calculado em 6,20% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais (5,60% ao ano).
Mesmo com o incremento da rentabilidade nos últimos meses, ambas as taxas se mantiveram abaixo do retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Considerando as 10 cidades, os maiores retornos do aluguel comercial foram registrados em: Salvador (9,42% a.a.), Campinas (7,52% a.a.), São Paulo (6,32% a.a.) e Brasília (6,12% a.a.)
Nota (*): os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZAP não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato.
Fonte: Informe de Setembro de 2023 | Índice Fipezap
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