Logo Grupo VGV horizontal
CONFIRA OS PRINCIPAIS INDICADORES DO MERCADO IMOBILIÁRIO | SELIC 10,50% (19/Junho/2024) | FIPEZAP+ RESIDENCIAL VENDA +0,61% (05/Julho/2024) | FIPEZAP+ RESIDENCIAL LOCAÇÃO +1,43% (16/Julho/2024) | FIPEZAP+ COMERCIAL VENDA +0,10% (22/Junho/2024) | IGP-M 0,81% (27/06/2024) | FIPEZAP+ COMERCIAL LOCAÇÃO +1,11% (26/Junho/2024) | IPCA 0,21% (10/07/2024) | INCC-M +0,93% (22/Junho/2024) | INCC-DI +0,71% (08/Julho/2024) | IVAR +0,61% (05/Julho/2024) |

Desvendando a inflação – por João Teodoro da Silva

Compartilhar a notícia

Um vídeo de 21 de setembro mostra que um quilograma de contrafilé, equivalente a 2,2 libras nos Estados Unidos, custa no supermercado 43,98 dólares, aproximadamente R$ 242,00, ao câmbio atual de R$ 5,5 por dólar. Lá, o peso é medido em libra, que equivale a 453,6 gramas. Uma libra de contrafilé custa 19,99 dólares. Por aqui, o contrafilé vale, em média, R$ 52,00 o quilo. Nos EUA, portanto, um quilo da iguaria custa 4,6 vezes o que pagamos no Brasil. No entanto, o custo de lá é quase o mesmo daqui, se considerarmos a paridade de moedas.

A verdade é que toda a economia mundial está sentindo, agora, os efeitos maléficos da paralisação forçada durante a pandemia do coronavírus. A inflação não medra só por aqui. Na Europa, 19 países da zona do Euro registraram inflação de 3% a.a. em agosto, contra 2,2% em julho, e a expectativa é de que aumente ainda mais até novembro. A meta do Banco Central Europeu era de apenas 2%. Nos EUA, chegou a 4,3% a.a. em julho, porém refluiu para 4% em agosto. Para 2022, espera-se 5,2% a.a. Mas por que a inflação acontece?

Eis um exemplo rudimentar: imaginemos um universo (país) no qual existam apenas cinco objetos iguais (canetas, por exemplo); que nesse país só exista R$ 1 mil em moeda circulante. Se existem 5 canetas, cada uma vale R$ 200,00. De repente, para combater uma pandemia, o presidente, manda imprimir outros mil reais, mas não produz nenhuma outra caneta. O país então passa a ter R$2 mil em moeda circulante. Assim, num passe de mágica, cada caneta passa a valer o dobro (R$ 2.000,00 ÷ 5 = R$ 400,00). Produziu-se, assim, 100% de inflação!

Foi o que ocorreu durante a pandemia, no Brasil e no mundo. Só no ano de 2020, segundo o Portal Siga Brasil, mantido pelo Senado Federal, nosso país despendeu no combate aos efeitos da pandemia o total de R$ 564,14 bilhões. Só o auxílio emergencial consumiu R$ 230,78 bilhões na primeira fase (R$ 600 por pessoa), mais R$ 63 bilhões na segunda (R$ 300 por pessoa). O auxílio direto aos estados e prefeituras custou outros R$ 111,4 bilhões. Depois, vieram benefícios com saúde, manutenção do emprego, entre outros.

Entretanto nada foi produzido (nenhuma caneta). Ao contrário, muitos setores econômicos, como hotelaria, transporte, restaurantes, comércio e muitos outros foram totalmente paralisados. De onde então vieram esses quase R$ 600 bilhões que não faziam parte do orçamento em 2020? Parte proveio do redirecionamento de despesas; o restante, das reservas de capital ou da captação proveniente de títulos do tesouro. O que conta, porém, é que o dinheiro entrou, mas nada foi produzido. Mais dinheiro, menos produtos, mais inflação!

Inflação alta diminui o poder de compra das pessoas, que recebem seus salários em valores estáveis, mas pagam por produtos cujos preços sobem frequentemente. Portanto passam a comprar menos. Menos compras, menos crescimento econômico, menos empregos. O Copom, do Banco Central, tem como meta, para 2021, inflação de 3,75%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Mas já se fala em 8%. Esperemos que, não obstante, a solidez e estabilidade do nosso mercado imobiliário resistam a mais essa intempérie!

João Teodoro da Silva

Presidente – Sistema Cofeci-Creci – 03/OUT/2021

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhar a notícia

Veja mais

Em junho, o valor pedido no preço do aluguel residencial subiu 1,43% conforme mostra relatório do DataZap, com destaque para ...
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de junho de 2024 apresentou um aumento de aluguéis residenciais em 0,61%, marcando uma ...
Cidades que lideraram valorização dos preços de locação de imóveis comerciais em maio incluíram Rio de Janeiro, Campinas, Florianópolis e ...
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de maio de 2024 registrou variação de 0,21%, representando uma desaceleração em relação à ...
Entre as capitais, maiores altas dos preços dos imóveis residenciais ocorreram em Curitiba, Goiânia, Maceió, Salvador e ...
Valorização do valor do aluguel comercial também abrangeu preços de venda, que apresentaram a maior variação desde ...
Em comparação a igual período em 2023, o INCC-M de maio 2024 registrou grande descompressão, pois a taxa anualizada em ...
Maiores altas de abril do valor pedido pelo aluguel residencial ocorreram em Fortaleza, Brasília, Florianópolis, Salvador e Curitiba ...
O IPCA de Abril de 2024 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,38% e ficou 0,22 ponto percentual ...
O Comitê de Política Monetária do Banco Central - COPOM - decidiu nesta quarta-feira (8 de Maio) amenizar o ritmo ...

Banca VGV