A aprovação, em segundo turno, do texto-base da reforma da Previdência e outras medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro para estimular a economia do país criaram expectativas positivas - mas discretas - no setor da construção civil e de tubos, que tentam sair da crise.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), "os efeitos" positivos das reformas "serão sentidos somente no médio prazo".
"A gente percebe que as obras de infraestrutura, de uma forma geral, estão paradas no Brasil. O governo não tem dinheiro para investir, então, não investe", explicou o vice-presidente de Meio Ambiente do SindusCon-SP, Francisco Vasconcellos, à Ansa.
"Mas, com as privatizações, um dos grandes objetivos desse governo, e principalmente as parcerias públicas e privadas, as áreas de saneamento e infraestrutura vão ser altamente impactadas e vão ter um crescimento expressivo nos próximos meses", previu.
Apesar das incertezas que afligem a construção civil, diversas empresas do setor, principalmente as de metais e tubos, já têm apostado em novas medidas para superar as barreiras deste cenário. Uma delas é o investimento em tecnologia, customização dos produtos e diversificação de aplicações.
"O setor de aço enfrenta desafios a nível mundial e uma prolongada recessão no Brasil. Os volumes como um todo caíram de forma significativa. Para se manter em crescimento, é fundamental que se possa diversificar a atuação tanto com novos clientes quanto com novos produtos", disse Luis Otavio Barbosa, diretor comercial da BTL Steelworks.
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