Venda de imóveis novos em São Paulo capital tem recuo sazonal em julho


Venda de imóveis novos em São Paulo capital tem recuo sazonal em julhoO mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou em julho recuo no volume de comercialização em relação aos meses anteriores. Contabilizou-se total de 2.092 unidades vendidas, contra as 3.574 de junho, com recuo de 41,5%. O efeito sazonal do sétimo mês do ano (período de férias) deve ser considerado na análise do que ocorreu no mercado.

A sazonalidade fica explícita ao se comparar o comportamento do indicador de desempenho de comercialização expresso pelo índice Vendas Sobre Oferta (VSO), que foi de 14,4% em julho, conforme Pesquisa Secovi sobre Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato.

Fato relevante foi a reação dos segmentos de três e quatro dormitórios. O nicho de três dormitórios registrou escoamento de 860 unidades, equivalente a uma fatia de 41,1% do total negociado no mês. Já as moradias de quatro dormitórios tiveram participação de 26,9%, com 562 imóveis comercializados, resultado próximo das 587 unidades vendidas de dois quartos (28,1%).

Lançamentos
De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio - Embraesp, em julho, os lançamentos ficaram novamente abaixo do movimento de comercialização, como ocorre desde o início do ano. O total de 1.603 unidades lançadas foi 6,5% inferior ao volume disponibilizado em junho (1.715).

Diversos fatores podem explicar essa timidez, conforme esclarece Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. "Predominância de lançamentos de condomínios-clube com várias torres, antes da crise do segundo semestre de 2008 e que continuam sendo vendidos; e a redução de crédito para produção com recursos da poupança." Além disso, a incorporação e a comercialização de conjuntos de escritórios mostram-se aquecidas, com o lançamento de 1.870 unidades de janeiro a julho deste ano. Um incremento da ordem de 130,6% em relação ao mesmo período de 2008.

Acumulado
As vendas de janeiro a julho de 2009 chegaram a 16.460 unidades, 24,4% inferior ao mesmo período de 2008 (21.774 unidades). Os lançamentos acumulados no ano atingiram 9,7 mil moradias, redução de 50,6% em relação aos sete meses do ano passado (19.743 unidades). "Importante observar o ritmo normal de comercialização diante do volume reduzido de produção. Isto é, não houve diminuição de demanda no mercado pós-crise."

A perspectiva é de comercialização de 30 mil a 32 mil unidades, um ritmo de vendas mensal médio da ordem de 13% e volume de lançamento acumulado próximo dos 25 mil imóveis. Contribuirão para esses resultados: o tradicional incremento de movimentação nos meses de setembro a novembro, e a realização do Salão Imobiliário de São Paulo, entre os dias 24 e 27 de setembro, no Anhembi.

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