Retomada das vendas no setor imobiliário no último trimestre deve impulsionar a economia, indica Fecomércio


RETOMADA DAS VENDAS NO SETOR IMOBILIÁRIO NO ÚLTIMO TRIMESTRE DO ANO DEVE IMPULSIONAR A ECONOMIA, INDICA FECOMERCIO

Mercado voltará a lançar novas unidades numa velocidade maior em São Paulo, o que vai contribuir para o crescimento da economia

A venda de imóveis em São Paulo já dá sinais de retomada. Segundo análise da Fecomercio, no último trimestre de 2009, a média de unidades vendidas deve saltar de 2,3 mil unidades para 3 mil unidades mensais. O estoque de unidades prontas atualmente é de 12,5 mil unidades. Se as vendas continuarem nesse ritmo esse estoque vai ser liquidado em até seis meses, o que vai estimular as empresas do setor para novos lançamentos no curto prazo.

"No final de 2009, as empresas já estarão preparadas para lançamentos mais ousados, voltando a padrões semelhantes a 2007 e 2008", afirma Fabio Pina, economista da Fecomercio. Ele observa que a retomada do mercado imobiliário vai alavancar a economia, já que o setor de construção civil privado representa mais de 60% da Construção do País. "O segmento movimenta toda uma cadeia produtiva (serviços de arquitetura, engenharia, materiais de construção, serviços de advocacia, móveis e decoração, entre outros) e é intensivo em mão-de-obra", explica Pina.

O crescimento da atividade também movimenta um volume grande de financiamento de longo prazo, que modifica toda a atuação do sistema financeiro. Além disso, o aumento de lançamentos e de vendas mostra que os consumidores parecem dispostos a voltar a se endividar no longo prazo com bens de maior valor.

Dados levantados pela Fecomercio apontam que no início de 2009, devido à redução nas vendas, o estoque estava muito acima do desejado e chegou a acumular mais de 21 mil unidades. Por conta disso, no início do ano, foi feito um ajuste, o que levou à redução de estoque. A tendência é a de que esse estoque volte a aumentar com os sinais de crescimento das vendas e com lançamentos de novas unidades em uma velocidade um pouco maior.

"Esse comportamento deve ser gradualmente seguido por outras regiões", avalia Pina. Ele acredita que, a partir do final deste ano, a economia estará crescendo a um ritmo mais rápido e em grande parte isso se deverá ao setor imobiliário.

O boom 2007/2008
A análise da Fecomercio indica que, após um período de muitas dúvidas e de retração, a indústria imobiliária pode repetir, a partir do último trimestre de 2009, o desempenho de 2007 e 2008. Entre 2006 e o final de 2008, o setor imobiliário (construção e incorporação) atravessou uma fase febril, proporcionada por mudanças da legislação e por um forte apetite do setor financeiro que adotou uma estratégia agressiva para financiar o crescimento da demanda.

Entre 2007 e 2008, foram lançados em média 35 mil imóveis/ano na cidade de São Paulo, contra uma média histórica inferior a 20 mil nos anos anteriores. As vendas, no mesmo período, foram em média de pouco menos de 35 mil unidades. Com esse boom de vendas e de lançamentos, o estoque disponível cresceu para algo em torno de 20 mil unidades (o mesmo padrão de hoje) volume adequado para fazer frente a uma velocidade de vendas recorde.

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