Mercado imobiliário está aquecido em Teresópolis-RJ

O mercado imobiliário está em franca expansão na Região Serrana do Rio. O aquecimento em cidades como Teresópolis tem sido motivado por fatores como a saturação da Região dos Lagos, o movimento migratório de saída das grandes cidades por conta da insegurança e o desenvolvimento econômico gerado, entre outros fatores, pela construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, cujo início da operação está previsto para 2013.

Para o engenheiro Jorge Alberto Guberman, representante do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) em Teresópolis (Regional Serra Norte), o segmento de locação por temporada também está aquecido. "Apesar de turística, Teresópolis tinha mais uma característica de cidade de veraneio, ou seja, um local onde as pessoas vêm passar férias. É grande a quantidade de pessoas que moram na capital mas mantêm casas aqui", diz. As residências duplas, aliás, revelam o perfil de grande parte dos moradores de Teresópolis.

Só que agora a moradia não é apenas de veraneio, conforme explica Guberman: "Temos observado que as pessoas compram apartamentos e transferem as famílias para Teresópolis, mas mantêm o vínculo com a capital por causa do trabalho. Eles buscam principalmente segurança para os filhos e qualidade de vida com custos menores". Como consequência, já se observa na cidade serrana um crescimento do número de lançamentos. "Os compradores têm preferido apartamentos, devido às vulnerabilidades e ao custo de manutenção que as casas representam", revela Guberman.

Bons preços atraem compradores
Outro atrativo são os preços. O valor médio de um apartamento de 2 quartos em áreas nobres (Centro, Várzea, Alto, Agriões ou Comary) de Teresópolis é de R$ 180 mil, bem mais em conta que um imóvel com as mesmas características no Rio, em bairros como Santa Teresa (R$ 193 mil), Centro (R$ 198 mil), Tijuca (R$ 237 mil), Recreio (R$ 285 mil) e Barra da Tijuca (R$ 304 mil). Os números foram aferidos em junho pelo Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio.

- Com grande oferta de espaços públicos de lazer, como praças, jardins e parques, os condomínios não precisam ser tão incrementados, já que as pessoas aproveitam mais os passeios ao ar livre - completa o representante do Secovi Rio. Como consequência, o valor médio das taxas de condomínio, de R$ 300, fica próximo do praticado em alguns bairros da Zona Norte do Rio: Méier (R$ 271), Vila Isabel (R$ 325), Tijuca (R$ 371).