Com a valorização do metro quadrado no RJ, vale a pena prestar atenção na lei municipal que evita que as áreas com donos virem terrenos baldios mal cuidados.
O Rio de Janeiro continua sendo, de longe, a cidade brasileira com o metro quadrado mais valorizado do país, - segundo dados levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP em 2011. Os cinco bairros com áreas mais valorizadas do Brasil estão todos no Rio, sendo o campeão deles o Leblon, ficando à frente de Ipanema. Seguem-se a Lagoa, a Gávea e o Jardim Botânico.
O levantamento revela que o valor médio do metro quadrado subiu 17% em seis capitais brasileiras pesquisadas e no Distrito Federal – e também o Rio está na frente, com um aumento médio de 23% no preço do metro quadrado, o que prova que adquirir um terreno na Cidade Maravilhosa é um ótimo negócio. “Agora mais do que nunca, principalmente com a Copa do Mundo e as Olimpíadas se aproximando. Os terrenos no Rio de Janeiro só tendem a valorizar, e bairros como a Barra, Jacarepaguá e Recreio, em que ainda existem áreas possíveis para a construção, devem ser muito visadas e valorizadas”, comenta Carlos Samuel de Oliveira Freitas, diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro.
Cuidados para comprar, cuidar, ou vender o terreno
Com a grande procura e valorização nos imóveis e terrenos na cidade do Rio de Janeiro, aqueles que querem comprar, vender, ou administrar corretamente os seus terrenos, precisam prestar atenção nas leis que envolvem esse tema para poder tirar proveito da área em questão, deixando de lado as possíveis dores de cabeça e prejuízos que poderiam aparecer.
Segundo a Lei n.° 1606 de 27 de agosto de 1990, aprovada pelo então prefeito da cidade, Marcello Alencar, dentre outras restrições, os terrenos não edificados devem ser mantidos limpos, capinados e drenados, dentro das normas vigentes. Cercas deverão ser mantidas em permanente estado de conservação, sem prejuízo para pedestres, com o fechamento de um metro e oitenta centímetros de altura mínima, exceto para fechamento em cerca viva, que terá oitenta centímetros de altura mínima.
Caso não respeitadas as regras, em um prazo de noventa dias, o proprietário sofrerá uma multa especial pelo desleixo e falta de zelo para com a cidade ou pelos danos à saúde da população.
“A limpeza é uma obrigação dos proprietários e não do município, e as conseqüências da não manutenção destes lotes podem causar prejuízos para a sociedade, envolvendo a saúde pública no caso de doenças, como a dengue, a segurança pública, já que estes locais podem servir para abrigar marginais, dentre outras questões que podem ser evitadas com os simples cuidados do terreno, como limpar, cortar a mata do local e instalar cercas e um portão ao redor”, comenta Freitas.
Caso seja proprietário de um terreno e pretenda vendê-lo, o diretor da Primar Administradora de Bens oferece algumas dicas, sendo a principal delas o fato de manter o terreno sempre limpo, causando uma boa impressão ao futuro comprador. “Da mesma forma que um vendedor de carro usado deixa o automóvel dele brilhando, destacando as suas qualidades na hora de negociá-lo, o mesmo deve ser feito com o terreno, com o proprietário mantendo a mata cortada, o local bem sinalizado, livre de pragas e animais indesejáveis, coisas que são bem observadas aos olhos do possível comprador”, conclui Freitas.
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