A construção civil brasileira abriu 45 mil vagas em todo o país no mês de agosto, o melhor saldo mensal de emprego no setor desde dezembro de 2000, revela a pesquisa mensal de Nível de Emprego realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) em parceria com a FGV Projetos, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado surpreendeu o setor, que atingiu 2,26 milhões de empregados formais em agosto, com aumentos de 2,03% sobre o mês de julho, de 8,44% no acumulado do ano (mais 176 mil vagas) e de 5,24% em 12 meses (+112,6 mil postos de trabalho). "Esperávamos recuo no emprego no segundo semestre pela redução de lançamentos imobiliários no início do ano", comenta Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP. Segundo ele, os novos números invertem para otimista a perspectiva das empresas neste ano.
De acordo com o presidente do SindusCon-SP, o saldo recorde de emprego em agosto reflete o fortalecimento de todos os segmentos da construção civil. O setor imobiliário está mais aquecido por conta dos incentivos do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e pela retomada da confiança dos consumidores, e as obras públicas estão sendo aceleradas pela necessidade de os governos estaduais consumirem seus orçamentos antes das eleições de 2010. "As empresas começaram a retomar projetos de expansão adiados pela crise internacional", afirma Watanabe.
No Estado de São Paulo, o crescimento no estoque de trabalhadores foi de 1,72% em agosto, com a contratação de mais 10.863 trabalhadores. A construção civil paulista contratou neste ano 49.550 trabalhadores com carteira assinada (+8,36% até agosto). Em 12 meses, a expansão do estoque foi de 7,21. O número de empregados no setor paulista no fim de agosto chegou a 642 mil.
Na capital paulista, o ritmo de contratações continua elevado: foram admitidos 5.713 trabalhadores em agosto, o que representa um crescimento de 1,86% no mês.
No interior do Estado, o ritmo de crescimento no nível de emprego da construção em agosto foi negativo em apenas duas regiões: em Ribeirão Preto, onde o estoque encolheu 0,23% de julho a agosto, e em Santos, com leve queda de 0,03% no mês. Em compensação, a alta percentual mais significativa aconteceu em Presidente Prudente (+6,34% ou 480 vagas), seguida de São José do Rio Preto (+410 vagas, elevação de 2,52%). Em São José dos Campos, 1.369 trabalhadores foram admitidos pelo setor em agosto.
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