Construção civil quer diminuir footprint


Construção civil quer diminuir footprint

Indústria construtiva busca alternativas para crescer sem aumentar footprint, a "pegada ecológica" que mede a demanda humana dos ecossistemas do planeta. Sistema construtivo de Paredes Duplas é opção viável

Crédito para aquisição da casa própria, IPI reduzido, lançamentos de empreendimentos imobiliários, Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016 aquecem a indústria da construção civil, que bate recorde em vendas. O desafio que se coloca para as empresas do setor, em tempos de aquecimento global, é atender a ampliação do consumo de forma sustentável, sem aumentar a "pegada ecológica".

Com os olhos da comunidade internacional voltados para os gigantes do terceiro mundo, a indústria brasileira da construção civil aumenta o uso racional dos materiais, evitando desperdícios e trabalhando com escala. Nesse contexto, as Paredes Duplas Pré-fabricadas Sudeste® ganham destaque no processo, pois viabilizam projetos construtivos mais eficientes, que diminuem as emissões de CO2.

O diretor da Sudeste®, Fabio Casagrande, conta que o emprego de elementos pré-fabricados, como pré-lajes, é bastante comum no Brasil, mas que a automatização não pára por aí: "o sistema construtivo de Paredes Duplas Pré-fabricadas Sudeste® dispensa acabamento e permite customização. Não há desperdício na obra, o canteiro é limpo e o processo construtivo muito mais eficiente - uma casa, que levaria meses para ser erguida no sistema tradicional, leva apenas poucas horas para ficar pronta no sistema de montagem de Paredes Duplas.

Além de uma alternativa em escala ecologicamente correta para cobrir o déficit habitacional, o sistema pode ser usado na construção de escolas, indústrias e até presídios. As paredes são paralelas, com grandes vãos, que podem ser concretadas ou preenchidas com material que bloqueia a comunicação por celulares, por exemplo, ou por resíduos de pneus agregados ao concreto, evitando o descarte desse material em áreas impróprias.

Sobre as emissões de CO2, o relatório da PBL (Netherlands Environmental Assessment Agency) de 2008 revela que, embora as emissões de CO2 tenham crescido a um ritmo 50% menor, como conseqüência da crise mundial, pela primeira vez na história a quota de emissões de CO2 proveniente de países industrializados foi menor (46,6%) do que a dos países em desenvolvimento (50,3%). Cimento e derivados representaram cerca de 8% dessas emissões, o que torna primordial pensar em um sistema construtivo lógico.

Reciclagem do Concreto
Como alternativa para reduzir o "footprint", a reciclagem do concreto permite obter agregados semelhantes ao produto original, com resistência e segurança. Para o meio-ambiente o reaproveitamento gera anualmente, só na capital paulista, uma economia de extração de 1.560 mil m³ de matéria-prima.

O índice de reciclagem na Holanda, Bélgica e Dinamarca é tão alto que esses países chegam a importar entulho. No Brasil, as técnicas de reciclagem do concreto ainda são recentes e por isso o país consegue reaproveitar apenas 5% do entulho das construções.

Dados do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) da Prefeitura de São Paulo revelam que todos os meses são recolhidos cerca de 144 mil m³ de entulho na capital. Extra-oficialmente essa quantidade é três vezes maior. Dos materiais descartados, 65% são produtos inertes como argamassas, concretos e telhas, possíveis de serem reciclados. A estimativa é de que cerca de 10% desse material sejam excessos entregues nos canteiros de obras, desperdícios inerentes às deficiências do processo construtivo convencional.

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