Cenário para o mercado imobiliário em Curitiba é promissor


Cenário para o mercado imobiliário em Curitiba é promissor

O cenário para o mercado de imóveis em Curitiba é promissor. Os imóveis devem manter uma valorização média de 14% este ano e nos próximos; além disso, tanto para os econômicos como para os de alto padrão, o incremento no valor do metro quadrado é certo.

Cada região da cidade deve seguir um ritmo diferente de crescimento. Destaque para os bairros da região sul, como Portão, CIC, Sítio Cercado e Pinheirinho. E, no outro extremo, para os da região norte, como Santa Cândida e Barreirinha. Nestes, a concentração de imóveis econômicos é maior.

Mas o segmento de alto padrão também vem mostrando que a tendência é se desenvolver a passos largos. Destaque para as regiões do Ecoville e Cabral (incluindo nesta os bairros Alto da Glória e Juvevê).

O Ecoville é peculiar. Vem passando por intenso processo de valorização nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o metro quadrado por lá passou do preço médio de R$ 1,4 mil em 2003 a R$ 2,3 mil no ano passado - uma valorização de 65% em seis anos, segundo dados da Ademi-PR.

A região do Cabral também é uma das mais promissoras da cidade para o setor. A valorização média dos imóveis nos últimos anos foi da ordem de 85%. De acordo com o engenheiro Hugo Peretti Neto, diretor geral da construtora Hugo Peretti, nessa área a velocidade de venda é uma das mais interessantes da cidade. "São bairros tradicionais e altamente atraentes aos compradores", afirma. Os imóveis da construtora valorizaram acima da média da região - um incremento de 103% no valor dos apartamentos. Entre os motivos está a localização dos terrenos que a construtora mantém em seu landbank (ou banco de terrenos), estrategicamente posicionados.

O encarecimento dos terrenos nos últimos anos, aliás, é fator decisivo para a valorização dos imóveis. Eles ficaram cada vez mais escassos nos bairros mais nobres e, por isso, se tornaram caros nos últimos anos, acima de um patamar real de mercado. Os valores, porém, vêm se acomodando de 2008 para cá. "Mas isso não impede que algumas áreas ainda apresentem taxas consideráveis (de valorização), principalmente as que tiverem novidades mercadológicas, ou seja, lançamentos imobiliários", ressalva Hugo Peretti.

Panorama Geral
O andamento do mercado imobiliário em Curitiba é reflexo do acontece no cenário macro. No Brasil, o segmento vai bem, obrigado. Ou melhor, continua indo bem, e tende a melhorar. Passou tranquilamente pela era pós-crise e, em 2009, viu instituições públicas e privadas investirem quantias vultosas na atividade imobiliária, principalmente por meio de financiamentos. Construtoras e incorporadoras também não param de injetar recursos em novos empreendimentos. E, embora as obras não cessem e a oferta de imóveis aumente, o segmento não perde valor de mercado.

Traduzindo para o cenário local, pode-se dizer que toda a cidade de Curitiba está bastante valorizada - embora a capital paranaense ainda conserve preços mais baixos que outras capitais com renda per capita semelhante, como Porto Alegre e Belo Horizonte. O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Selig, afirma que a média de valorização dos imóveis em Curitiba no ano passado, de 14%, deve ser seguida este ano.

De acordo com o analista de mercado Rodrigo Barros, atualmente 5% da população da capital está se deslocando para outras regiões - boa parte para bairros da região norte, principalmente Santa Cândida e Barreirinha, mas também para o Sítio Cercado, Pinheirinho, CIC e Portão, no outro extremo. "É uma cidade que tem dinâmica rara, resultado de planejamento urbano que, historicamente, foi sempre continuado. Tal fato, somado ao bom nível de equipamentos urbanos e paisagismo com bom volume de árvores, nos dá a dimensão do que poderá ocorrer nos próximos anos."

Os imóveis econômicos devem ser os responsáveis por expandir as fronteiras do município, principalmente na região da Cidade Industrial; alguns novos pontos da cidade começam a despontar para o alto e médio padrão, como Mercês e Seminário. E o Centro e entorno deverão receber novos empreendimentos voltados para a vida prática, com menor área útil e mais atributos de lazer.

Comentários

  1. Boa noite,sua matéria foi muito clara,porém,eu tenho a seguinte dúvida:o que vai acontecer com o mercado imobiliario em 2011 e 2012, terão alguma novidade em relação a lançamentos(que não necessariamente condôminio-club).Como vc vê o mercado imobiliario? há risco de ocorrer uma nova crise como a de 2009?se houver o mercado esta preparado para supera-la?e em relação aos imóveis na planta qual é a melhor forma de explicar aos clientes a segurança de se obter um imóvel assim?Curitiba hj de certa forma, é o "Centro Comercial",ou seja estão vindo cada vez mais imóveis residênciais e comercias.Como vai estar nossa Capital em aproximadamente 5 anos,sendo que,estão se valorizando outra regiões como vc mesmo sitou,que seja isso não seja bom,mas e os imóveis antigos como ficarão no futuro?e o nosso Centro da Cidade o que vai ser?É possivel que venha se tornar uma Capital Comercial? Atenciosamente PRISCILA FABIANA

  2. Muito bacana a reportagem, esclarecedora e pontual. Contudo, acredito que o mercado imobiliário curitibano crescerá também em função dos eventos que aconteceram como Olimpíadas e Copa do Mundo, bem como o acompanhamento e planejamento que a Prefeitura vem fazendo em todos os bairros e acrescentando a isso tudo, o Projeto Curitiba 2030 que prevê o aumento ordenado da população curitibana até 2030. Att, Ubiratan

  3. Muito conveniente esta matéria (para quem vive da venda de imóveis). O que se vê são imóveis parados no mercado a mais de um ano. Portanto, para mim, parece uma "forçação de barra" dizer que o mercado está se valorizando, no mínimo, suspeito. Uma prova disso é o fato de ao nos informarmos sobre um imóvel as imobiliárias pedirem para que façamos uma oferta. Se a venda é garantida porque negociar com valores menores que o de anúncio? Se não publicarem este comentário é sinal que estou com a razão e se publicarem as pessoas que desejam comprar um imóvel poderão ter um outro ponto de vista.

  4. Muito conveniente esta matéria (para quem vive da venda de imóveis). O que se vê são imóveis parados no mercado a mais de um ano. Portanto, para mim, parece uma "forçação de barra" dizer que o mercado está se valorizando, no mínimo, suspeito. Uma prova disso é o fato de ao nos informarmos sobre um imóvel as imobiliárias pedirem para que façamos uma oferta. Se a venda é garantida porque negociar com valores menores que o de anúncio? Se não publicarem este comentário é sinal que estou com a razão e se publicarem as pessoas que desejam comprar um imóvel poderão ter um outro ponto de vista. Vejam o que diz a matéria da Gazeta do Povo sobre o assunto em sua edição de 19 de março deste ano.


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