Secretário Lair Krähenbühl ressaltou a agilidade das novas tecnologias de construção como fundamental para o atendimento de situações de risco
O secretário de Estado da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lair Krähenbühl, abriu nesta quarta-feira, 23 de junho, o "Encontro sobre Habitação de Interesse social: Programas e Inovações Tecnológicas", realizado pelo "Centro de Tecnologia de Edificações (CTE)", em São Paulo.
Em sua exposição, o secretário enfatizou as mudanças aplicadas nos métodos de construção da CDHU, que agregaram aspectos de sustentabilidade, rapidez na construção e economia de recursos. "Quanto mais rápido for feito o atendimento, e com qualidade, menos será gasto com bolsas-aluguel, remoções e emergências em área de risco", disse Lair Krähenbühl.
A construção 150 casas pré-moldadas em São Luiz do Paraitinga, que devem ser entregues no próximo mês, foi um dos exemplos usados pelo secretário para ilustrar a importância dos novos recursos construtivos no atendimento da CDHU. "A cidade sofreu demais com as chuvas no início do ano. Era necessário um atendimento emergencial", afirmou o secretário, sobre as casas feitas com modelos pré-moldados, que podem ser concluídas em até seis meses. "Disponibilizamos R$ 28,8 milhões para o pagamento de auxílios aos desabrigados pelas chuvas. E os modelos de rápida construção são uma saída", disse.
Outra inovação da atual gestão da CDHU apresentada foi o processo de compra de materiais por meio da "Ata de Registro de Preços". Segundo Lair Krähenbühl, o processo facilita a compra de material em larga escala, com os menores preços e melhor qualidade, otimizando a construção de moradias populares em todo o estado. "Um bom material garante 50% de uma obra com qualidade, que também ganha velocidade na gestão do empreendimento", afirmou Lair Krähenbühl.
Hoje, os imóveis da CDHU são construídos com acabamento que inclui piso cerâmico em todos os cômodos e azulejos nas áreas molhadas. A água do chuveiro é aquecida por sistema de aquecimento solar, o que reduz a conta de energia elétrica em até 30%. Os imóveis tiveram o pé-direito ampliado de 2,4 para 2,6 metros, para melhorar a ventilação, iluminação e sonoridade, proporcionando conforto térmico, acústico e visual. "Uma das principais melhorias apontadas foi a inclusão do terceiro dormitório que acomoda adequadamente famílias mais numerosas, diminui a chances de transmissão de doenças, aumenta o rendimento escolar de crianças e adolescente", disse o secretário.
Programa "Minha Casa, Minha Vida" - Ao final da exposição, Lair Krähenbühl respondeu as perguntas da platéia do CTE, formada por representantes do setor da construção. O secretário apontou a necessidade de aumento dos subsídios do Programa "Minha Casa, Minha Vida" nas grandes cidades. "O principal déficit habitacional do Brasil está nas regiões metropolitanas. Os valores disponibilizados pelo programa, hoje, inviabiliza empreendimentos para famílias de um a três salários mínimos nessas cidades", disse Lair Krähenbühl.
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