
Jacarepaguá, Copacabana, Ipanema, Tijuca, Botafogo, entre outros foram alguns dos bairros que tiveram seus territórios recuperados pelo poder público. Em 2011 o programa foi instalado na Rocinha (São Conrado) e na Mangueira (Maracanã), regiões onde ficavam centros de distribuição de drogas considerados importantes. “Com a redução da violência nas comunidades e consequentemente na sua redondeza, estas localidades voltaram a ter valor para o mercado imobiliário”, afirma.
As favelas começaram a ser pacificadas no fim de 2008 e com três anos de programa foram muitos avanços. Cerca de 18 UPPs foram instaladas nas favelas cariocas– algumas abrangem mais de uma comunidade. “As UPPs que foram instaladas até o momento privilegiam bairros da zona sul, onde estão localizados os principais pontos turísticos da cidade e serão realizados os jogos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016”, observa.
A expectativa do governo do Rio de Janeiro é que até 2014 sejam instaladas 40 unidades de polícia pacificadora, que irão cobrir 165 comunidades e beneficiar mais de 1,5 milhão de pessoas. Atualmente 68 favelas fazem parte do programa, afetando mais de 300 mil moradores diretamente e mais de 1 milhão de cariocas que moram nos bairros vizinhos. “As negociações imobiliárias continuam bem aquecidas no Rio e com a continuidade das UPPs espera-se que os índices do mercado imobiliário sejam cada vez melhores”, ressalta Freitas.
Estimativas apontam que nos últimos três anos, após a implantação deste novo modelo de segurança pública, o preço dos imóveis do Rio teve um aumento relativamente alto. Segundo um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os aluguéis nas comunidades subiram 6,8% mais que em outras regiões do Rio e a valorização ocorre antes mesmo da instalação das UPPs. “Apenas o anúncio é suficiente para que os preços fiquem mais altos”, enfatiza o especialista, diretor de locações do CRECI e da ABADI, Vice-Presidente da ABAMI.
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