O prédio do Conselho Universitário possui arquitetura arrojada que se integra ao complexo da Reitoria, onde o grande desafio foi a execução do anfiteatro, em estrutura metálica com teto de vidro curvo com película colorida. Ainda que relativamente de pequeno porte, com 1.200 m², o anfiteatro tem grande importância para a USP. O local foi concebido para ser o palco das grandes decisões da maior universidade do Brasil. É nele, por exemplo, que será definida a lista tríplice com o nome dos candidatos ao cargo de Reitor da Universidade e acontecerá a deliberação de toda a gestão financeira e administrativa da universidade.
Após um ano e sete meses, a obra foi concluída. Fixado por peças de aço carbono do tipo “spider” e parafusos importados com acabamento em aço inox, todo o conjunto está preso à estrutura principal através de tirantes. Além de leveza e beleza, o teto, de 295 m², confere personalidade ao espaço. De acordo com o coordenador da obra, o arquiteto Alexander Kou, algumas das dificuldades da obra estão relacionadas ao fornecimento dos vidros, de grande modulação (3,20 x 1,80m) com curvas de raio pré-determinado pelo projeto específico, e a montagem do conjunto. “O que se pretende com esse teto foi atender às exigências do projeto de acústica, mantendo o efeito decorativo das placas de vidro nas cores da USP”, explica o arquiteto Alexander.
Outro grande destaque do anfiteatro é a tela de projeções, de vidro Ceramic Glass Branco Acetinado, de 12 mm, e com proteção hidrofóbica (que repele a água) e oleofóbica (que repele o óleo das mãos). Fixada com perfis metálicos na parede do palco, a principal característica dessa tela é que a massa do vidro é inteira branca. “Para nós, essa é uma obra com diferencial, que exigiu planejamento rígido para execução do teto de vidro e pela beleza da composição”, acrescenta o vice-presidente da MPD, Milton Meyer. “Essa obra vai figurar no portfólio da MPD pela complexidade e detalhes inéditos do projeto.”
A MPD foi contratada para a execução da obra por meio de licitação pública. Além de itens como custo e prazo, a empresa precisou dar indicações sobre conhecimentos técnicos e boas práticas socioambientais – quesitos que fazem parte da filosofia da MPD, que vão além das obrigações legais e econômicas da construtora.
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