Representantes do mercado imobiliário de Jundiaí estão otimistas com a retomada do crescimento no setor em 2018, com a expectativa de 30% de aumento em relação a este ano. Porém, esta melhora deverá elevar o valor dos imóveis, que registrou queda de 35% nos últimos três anos.
Os dados foram divulgados durante o encontro do mercado imobiliário de Jundiaí e Região, promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), no Residencial Campos Elíseos, que reuniu representantes de incorporadoras, construtoras, loteadores, imobiliárias e demais profissionais da área.
Para o representante do Secovi-Jundiaí, Ricardo Benassi, o período para comprar um imóvel com o preço abaixo do mercado e com taxas de juros reduzidas está no fim. Ele alerta que se concretizar as previsões de crescimento da economia, o preço dos imóveis tende a subir. Benassi chama a atenção também para o fato de Jundiaí ter poucos imóveis novos disponíveis para comercialização. “Em 2017, lançamos apenas 360 unidades e vendemos 800, é muito pouco perto de 2014, quando foram lançados mais de 4 mil imóveis. Vamos entrar em 2018, com um estoque de pouco mais de 1.200 unidades”, informa.
Segundo o presidente do Secovi, Flavio Amary, investir em imóveis continua sendo uma excelente opção de negócio.
Já o presidente da Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região (Proempi), Walter da Costa e Silva Filho, destaca o potencial do município em sair de crises econômicas antes de outras cidades do mesmo porte. “Sentimos uma leve recuperação da economia a partir deste ano e acreditamos em uma reação maior a partir do segundo semestre de 2018”, comenta.
Pesquisa
Conforme levantamento do Secovi-SP, foram lançados 3.874 unidades e vendidas 2.673 nos últimos 36 meses. Segundo a pesquisa, o maior volume de lançamentos e de vendas foi de imóveis de dois dormitórios econômicos, correspondendo a 35% (1.348 unidades) e 39% (1.047 unidades), respectivamente, do total.
Entre os dados levantados, destaque para as unidades de 46 m² até 65m², que tiveram participação de 55% nos lançamentos (2.133 imóveis). Quanto às faixas de preços, lideraram os imóveis com valores até R$ 500 mil: foram 3.354 unidades lançadas e 2.271 unidades vendidas, que participaram com 86% e 85%, respectivamente.
Os preços médios totais no período nos últimos três anos foram de R$ 310 mil para um dormitório, R$ 178 mil para um dormitório econômico, R$ 309 mil para dois dormitórios, R$ 212 mil para dois dormitórios econômicos, R$ 508 mil para três dormitórios e R$ 2.256 milhões para quatro dormitórios.
Comentários