Venda de imóveis novos apresenta desempenho recorde em setembro


Venda de imóveis novos apresenta desempenho recorde em setembro

Ritmo de comercialização de 30,8% foi o maior de toda a série histórica pesquisada pelo Secovi-SP na capital paulista. Lançamentos também registraram o maior volume mensal no ano, com 4.286 unidades

O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo apresentou excelente desempenho de comercialização em setembro, com indicador VSO (Vendas sobre Oferta) de 30,8%, conforme pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. Ou seja, para cada mil unidades em oferta, 308 foram comercializadas.

O ritmo de vendas de 30,8% foi o maior de toda a série histórica pesquisada pelo sindicato, considerando-se a performance da cidade. Em agosto, verificou-se VSO de 22,7%.

O volume de vendas de 5.049 unidades só ficou abaixo do total de 5.428 unidades comercializadas em dezembro de 2007, quando o mercado imobiliário alcançava melhor momento. As vendas foram 41,1% superiores às de agosto (3.578 unidades) e 98,5% mais elevadas em relação a setembro do ano passado (2.544 imóveis). Vale lembrar também que setembro de 2008 marcou o ápice da crise mundial.

O crescimento da comercialização teve reflexos também ao se considerar o VGV (Valor Global de Vendas) de R$ 1,3 bilhão no mês, contra R$ 665,3 milhões de setembro de 2008 - incremento de 100%. O valor movimentado foi 6,1% superior ao registrado em agosto (R$ 1,25 bilhão).

Segmentação
Em setembro, 81,7% do total comercializado se encontrava na fase de lançamento, perfazendo 4.127 imóveis. O ritmo de comercialização ficou em 59,1% no período. Entende-se por lançamento os primeiros seis meses desde o momento da colocação do imóvel em oferta. É o intervalo de maior esforço de divulgação do produto, com campanhas nas diversas mídias.

O bom desempenho dos indicadores se deve principalmente ao segmento de dois dormitórios, responsável por 47,7% do total comercializado na cidade - com 2.409 unidades e VSO de 65,6%. "Fato relevante é o valor médio de venda das moradias desse nicho, de R$ 137 mil, que está muito próximo do limite para se enquadrar no Programa Minha Casa Minha Vida", observa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. "Além disso, houve redução de 22,6% em relação às unidades de dois dormitórios comercializadas no começo do ano, quando o preço médio era de R$ 177 mil."

Imóveis de três quartos responderam pelo escoamento de 1.339 unidades, equivalente a 26,5% do total negociado no mês, enquanto moradias de quatro dormitórios tiveram participação de 13,4%, com 675 imóveis.

Lançamentos residenciais
De acordo com a Embraesp - Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio, os lançamentos de setembro atingiram o maior volume mensal no ano, com 4.286 unidades. O número é 25% superior ao verificado em agosto (3.430 moradias) e 81% em relação a setembro de 2008 (2.368 imóveis).

O total de unidades lançadas na cidade de São Paulo no nono mês deste ano é o maior desde janeiro de 2008.
Considerando o desempenho de comercialização no mercado no ano passado, observa-se uma sequência de resultados excepcionais até agosto e um corte brusco a partir de setembro. "A causa é evidente: a crise financeira globalizada criou um clima de incerteza que, praticamente, paralisou os negócios no final de 2008", avalia Petrucci.
A curva de evolução das vendas deste ano registra um movimento contrário. O mercado esboçou reação desde maio, com a divulgação do Programa Minha Casa Minha Vida. Mas a retomada ocorreu por meio de crescimento gradual e consistente, ainda inferior aos ótimos números dos meses correspondentes em 2008.

A expectativa de inversão da situação começa a ser traçada em setembro. O mercado manteve o ritmo e eventos como o Salão Imobiliário São Paulo (Sisp), promovido pelo Secovi-SP, incrementaram as vendas de forma sustentada.

O volume de unidades escoadas nos primeiros nove meses de 2009 atingiu 25.087 moradias, contra 28.464 unidades de igual período no ano passado, o que representou redução de 11,9%. É bom lembrar que essa diferença se situava em - 22,7% no volume acumulado até agosto.

Perspectivas
Nesse contexto, estima-se que o volume de comercialização e de lançamentos se manterá aquecido no último trimestre. A situação de inferioridade nas vendas em relação ao ano de 2008, que se percebia até agosto, poderá ser revertida.

É grande a possibilidade de fechar 2009 com volume escoado de 33 mil a 34 mil unidades, contra 32,8 mil unidades vendidas no ano passado.

O desempenho de vendas refletirá na redução dos lançamentos no ano, com consequente diminuição da oferta e a manutenção - ou até elevação - no volume comercializado. Com isso, a expectativa é de aumento considerável na performance média de vendas, de 13,8% em 2008 para 16,9% ao mês em 2009.

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