Núcleo Paulista de Arquitetura e Decoração aposta na construção sustentável


Núcleo Paulista de Arquitetura e Decoração aposta na construção sustentável

Atualmente além de pensar em um projeto viável na hora de construir, outra demanda é sobre a construção sustentável, ou seja, adequar o projeto aos moldes ecologicamente corretos. O Núcleo Paulista de Arquitetura e Decoração pensando sempre à frente está desenvolvendo cada vez mais projetos com foco na sustentabilidade cujo conceito e metodologia buscam em seu processo construtivo causar o menor impacto ambiental.

Entre as medidas adotadas numa construção sustentável está a escolha dos materiais, como o uso de madeira certificada e materiais produzidos com poucos agentes nocivos à natureza. Usar a topografia original de forma a causar apenas mudanças necessárias e manter a vegetação natural são ações que diminuem o impacto ambiental de uma construção.

A arquiteta Alzira Sugae dá algumas dicas, como a reutilização da água pluvial, e também o uso de aquecimento solar, que além de ser ecologicamente correto, ainda ajudam na economia da casa.

O preço médio de um aquecedor solar popular custa entorno de R$ 500,00, e varia de preço de acordo com as tecnologias diferenciadas existentes no mercado, por exemplo, para duas pessoas o custo do equipamento (reservatório + placas) pode chegar a R$1.800 com capacidade para 300 litros de água quente, com temperatura que pode chegar a 80 graus centígrados em dias muitos ensolarados e sem nuvens. Sua economia em relação às instalações elétricas convencionais pode chegar a 70% por mês e o retorno de seu investimento ocorre em menos de dois anos. Para se ter uma idéia, no horário de pico, o consumo de energia elétrica por chuveiros, apenas em São Paulo, chega a 60% da energia do País.

Já a instalação de uma cisterna para captação e armazenamento de água pluvial custa em média R$ 1.000,00, somente o reservatório, e a economia gerada por este equipamento é de cerca de 30% ao mês. Também há alternativas mais baratas, que podem ser executadas no local, durante a construção da obra ou utilizar barricas de plástico de aproximadamente 200 litros, que custam em média R$200.

Os reservatórios também variam de acordo com a área do telhado, ou seja, um telhado de 200 m2 pode captar cerca de 250 mil litros por ano, se ocorrer chuvas intensas no período, como a que estamos presenciando nos últimos meses. Um chuveiro de alta potência pode chegar a marca de 50 litros de água por minuto, já um equipamento comum chega a cerca de 6 litros, sendo que um banho de 10 minutos consome cerca de 60 litros de água.

A água de cisternas de armazenamento pluvial não é recomendada para usos potáveis, mas pode ser utilizada em torneiras, mangueiras, chuveiros e outros usos não consumíveis.

A instalação de fiação e de tubulação para o uso destas fontes alternativas pode ser a mesma que para as de uso convencional, no entanto é preciso observar quais equipamentos serão utilizados, especificamente na questão do aquecedor solar, pra que se garanta a temperatura desejada, sendo que toda casa pode ser adequada para utilizar dessas fontes sustentáveis para abastecê-la.

Além disso, um projeto com janelas e partes vazadas ou com vidros aumentam a utilização da luz natural. O uso de lâmpadas fluorescentes, ao invés das incandescentes, além de econômica, por serem mais duráveis, também consomem menos energia.

Este conjunto de medidas é conhecido como bioconstrução ou bioarquitetura, considerada uma arte de construir em harmonia com a natureza, que visa reduzir os impactos ambientais valendo-se, também, dos seguintes princípios:

. Utilização de matérias primas naturais e de baixo custo (tijolo de adobe, bambu, palha, madeira reflorestada e/ou certificada) minimizando a necessidade de transporte de longa distância que reduz custos e a emissão de poluentes.

. Utilização de materiais reciclados ou demolição.

. Utilização de mão de obra local, valorizando sua economia.

. Máxima integração ao meio ambiente

. Eficiência no consumo de água e energia (uso de fontes de energia renovável, sistema de captação de água da chuva e reuso).

. Geração mínima de resíduo e seu aproveitamento dentro do canteiro de obras.

. Criação de um ambiente interno saudável com conforto termo-acústico.

. Aproveitamento máximo do clima local (luminosidade e ventilação naturais)

“Com um projeto de construção sustentável o meio ambiente ganha com a diminuição do impacto ambiental gerado tanto pela construção, quanto pelo dia a dia da casa, mas o morador também ganha em economia em suas contas”, finaliza a arquiteta Alzira Sugae.

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