Empresas do Reino Unido e do Brasil debatem Construção Sustentável


Empresas do Reino Unido e do Brasil debatem Construção Sustentável

O UK Trade & Investment (UKTI), órgão do Governo Britânico para promover o comércio e investimentos internacionais, em parceria com a British Expertise realizou o Encontro Técnico Brasil-Reino Unido para discutir e incentivar as práticas de sustentabilidade no setor de construção civil, o chamado Green Building. O evento aconteceu em São Paulo, no dia 28 de outubro, e no Rio de Janeiro, no dia 30 de outubro.

Coordenado por Nigel Peters, Diretor da British Expertise, o encontro contou com a participação do Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, e de autoridades no assunto, como Nelson Kawani, Diretor da Green Building Council Brasil e de Vahan Agopyan, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), além do Cônsul-Geral Britânico em São Paulo e Diretor do UK Trade & Investment, Martin Raven.

A presença de pelo menos 10 empresas britânicas com grande experiência no setor foi motivada pela representatividade do setor de construção civil na economia global. Atualmente, o segmento imobiliário responde por cerca de 10% do PIB mundial.

Tal potencial gera muitos benefícios, mas também grandes impactos. O segmento imobiliário, por exemplo, consome no mundo cerca de 40% dos materiais de construção, gera 30% do lixo sólido, utiliza 20% da água e 35% da energia, segundo dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). 

Nesse cenário, as questões socioambientais ganham papel de destaque, direcionando, em muitos casos, os investimentos realizados por empresas desse mercado. Um ativo imobiliário que considere estes aspectos pode ter seu valor alterado de forma significativa. 

Estratégia do Governo Britânico
De acordo com o Progress Report sobre a Estratégia para a Construção Sustentável, divulgado em setembro de 2009, o projeto britânico vem apresentando excelentes resultados devido ao intenso trabalho entre a indústria e órgãos do governo e têm alcançado conquistas muito significativas, com metas audaciosas para os próximos anos. 

Entre as metas ousadas desta Estratégia podem ser destacadas a redução das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa em pelo menos 80% até 2050 e uma diminuição de, pelo menos, 34% até 2020.  Estas reduções integram o Plano de Transição de Baixo Carbono do Reino Unido e, para atingi-las, o governo já definiu sua política para a construção de casas com emissão zero de carbono a partir de 2016 e, da mesma forma, de novas escolas, prédios públicos e edifícios não residenciais com zero de carbono, a partir de 2016, 2018 e 2019, respectivamente.

De acordo com o Progress Report, também está prevista a redução de resíduos de construções, demolições e escavações para aterro em 50% até 2012 e a regulação de encargos administrativos, reduzindo-os, até 2010, em 25% na área privada e terceiro setor, e em 30% no setor público.

Também fazem parte da Estratégia a promoção de boas práticas de construção, estabelecidas e regulamentadas em contratos; construções que sigam orientações de design que permitam a melhor utilização dos recursos e reflitam os conceitos de sustentabilidade; a otimização da capacidade industrial para atender adequadamente o segmento; o investimento na formação de pessoas, com projetos de desenvolvimento profissional contínuo; a valorização da biodiversidade dentro e ao redor dos locais de construção e a utilização de materiais com menor impacto ambiental e que sejam viáveis social e economicamente

Boas práticas
Com o empenho do setor em priorizar as boas práticas, envolvendo os aspectos ambientais, sociais e econômicos, percebe-se a adoção de normas que não apenas regulam, mas também certificam a atuação destas empresas. As diretrizes gerais para edificações sustentáveis podem ser resumidas em algumas das normas recomendadas pelos melhores sistemas de certificação no mundo, como o inglês Breeam (http://www.breeam.org/)

São orientações como planejamento sustentável da obra;  aproveitamento passivo dos recursos naturais;  eficiência energética;  gestão e economia da água; gestão dos resíduos na edificação; qualidade do ar e do ambiente interior; conforto termo-acústico; uso racional de materiais e uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis

De acordo com Valeria Martinez, gerente para Construção e Meio Ambiente do Consulado Britânico, hoje essas normas são cada vez mais necessárias. As técnicas aplicadas pelo Green Building promovem melhor desempenho estrutural dos edifícios e o aumento da qualidade de vida de seus ocupantes, além de evitar o desperdício de recursos naturais e reduzir os custos com manutenção e isso reflete não só em economia para a indústria, mas também um fôlego a mais para o meio ambiente.

Exemplo de Construção Sustentável
Um bom exemplo da implantação de Construção Sustentável são as obras de infraestrutura para a realização dos Jogos Olímpicos de 2012. O Parque Olímpico foi construído utilizando a mais vasta gama de critérios de sustentabilidade já adotados em um projeto de grande escala no Reino Unido. Materiais reciclados têm sido utilizados para a construção, e mais da metade deles foram transportados para o local por meio de transportes de baixo carbono.

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