A utilização do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) na correção do crédito imobiliário, que será lançada pelo governo federal nesta terça-feira (20), deve movimentar o mercado, ao atrair mais recursos para o financiamento, aumentar a concorrência entre bancos e criar um mercado secundário atuante, que possa suprir o setor do volume de recursos necessários ao seu crescimento. É o que acredita o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “A modalidade transfere o indexador da prestação da TR , que está zerada, para um índice de preços, ou seja, atualiza a prestação com aquilo que houve efetivamente de inflação”, afirma.
A grande vantagem, segundo Martins, é que dessa forma é possível baixar as taxas de juros, além de atrair mais investidores. “Nessa modalidade serão atraídos recursos oriundos de fundo de pensão e de investidores institucionais, que poderão trabalhar e comprar os papéis. Isso traz mais dinheiro para o mercado. E também traz empresas menores para participar do mercado, o que estimulará a concorrência e com isso temos certeza que os custos para o crédito imobiliário irão diminuir”, pontua.
O presidente da CBIC acredita também que o consumidor final vai pagar menos de prestação pois o Brasil vai ter um mercado real em vez de um ‘mercado de apostas’. “Hoje, o investidor se afasta da caderneta de poupança. Ele não aceita o FGTS ser corrigido desta forma. Então se tem uma série de problemas na hora da captação do recurso e o que se pretende agora é normalizar essa situação. A partir daí a concorrência desse dinheiro irá diminuir o custo das operações”, explica.
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