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Mercado imobiliário de São Paulo apresenta bons resultados em março


Volume de lançamentos e vendas manteve o bom ritmo do final de 2017. Porém, suspensão do direito de protocolo na Capital pode prejudicar o mercado




A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou em março a comercialização de 2.613 unidades residenciais novas.

O resultado representa alta de 80,5% em relação às 1.448 unidades vendidas no mês anterior. Comparado ao volume de 1.233 unidades comercializadas em março de 2017, houve crescimento de 111,9%.


O VGV (Valor Global de Vendas) totalizou R$ 1.173,1 milhões, volume 81,5% superior ao registrado em fevereiro de 2018 (R$ 646,2 milhão) e 53,2% acima do resultado de março de 2017 (R$ 766,0 milhão) – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de março de 2018.

O indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, foi de 11,9% em março, superando fevereiro de 2018 (6,8%) e março de 2017 (5,1%). O VSO de 12 meses (abril de 2017 a março de 2018) ficou em 49,5%, com variação positiva de 2,3% em relação aos 48,4% do período imediatamente anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em março de 2018, o total de 1.266 unidades residenciais lançadas, volume 271,3% superior a fevereiro de 2018 (341 unidades) e 23,8% abaixo do resultado de março de 2017 (1.661 unidades).

O mês de março encerra o primeiro trimestre do ano e o período caracterizado pela sazonalidade por conta das férias e do Carnaval. Os resultados demonstraram que o bom ritmo de comercialização do segundo semestre do ano passado não foi interrompido no início de 2018. No acumulado de janeiro a março deste ano, 5.753 unidades foram comercializadas, aumento de 116,8% em relação às 2.653 unidades do mesmo período de 2017. “Apesar do expressivo desempenho, cabe observar que a base de comparação ainda estava muito baixa, pois o mercado começou apresentar resultados mais consistentes apenas a partir de agosto do ano passado”, pondera Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

Oferta de imóveis novos – A Capital encerrou o mês de março com a oferta de 19.307 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é formada por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (abril de 2015 a março de 2018). Houve redução de 2,1% em relação a fevereiro de 2018 (19.728 unidades) e de 16,6% em comparação a março de 2017 (23.142 unidades).

Destaques – Os imóveis de 2 dormitórios novamente foram destaque, com 58% do total comercializado (1.521 unidades) e 53% da quantidade de imóveis ofertados (10.294 unidades). Responderam, ainda, pelo maior volume lançado (480 unidades), ficando próximo aos lançamentos de imóveis de 1 dormitório (422 unidades). O destaque em VSO ficou para os imóveis de 1 dormitório, com 16,1%.

Imóveis com menos de 45 m² de área útil lideraram os lançamentos (521 unidades), as vendas (1.703 unidades), a quantidade de imóveis ofertados (7.489 unidades) e tiveram o melhor VSO (18,5%). Já por faixa de preço, imóveis com valores até R$ 240.000,00 registraram a maior quantidade de vendas (1.212 unidades) e o melhor VSO (18,6%). Já aqueles com preços entre R$ 240.001 a R$ 500.000 predominaram nos lançamentos, com 736 unidades, e na oferta (6.364 unidades).

De acordo com o vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing da entidade, Flávio Prando, os resultados positivos das vendas estão atrelados aos produtos de 2 dormitórios na faixa de preço do programa Minha Casa, Minha Vida, e também refletem o longo período de demanda reprimida. “O aumento do teto, retornando ao patamar anterior, e a redução na taxa de juros dos financiamentos imobiliários anunciados pela Caixa e outros agentes financeiros permitem que mais famílias possam ser incluídas no mercado, viabilizando a aquisição de imóveis”, afirma Prando.

Em termos de lançamentos, foi contabilizado um volume abaixo do comercializado. No acumulado do ano, foram lançadas 2.355 unidades, representando uma queda de 7,9% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado. A situação gera preocupação em relação à oferta e à demanda, pois, desde maio de 2015, a quantidade de imóveis novos ofertados na cidade de São Paulo vem demonstrando sucessivas quedas.

Em momentos como este, com bons resultados, os empreendedores normalmente estariam trabalhando para colocar os seus produtos no mercado. “No entanto, a concessão de liminar pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, suspendendo o direito de protocolo (projetos protocolados na cidade de São Paulo anteriormente à nova Lei de Zoneamento), paralisou a análise de projetos na prefeitura, impactando mais de 50% dos produtos. Com isso, deixaremos de lançar algo em torno de 18 mil unidades na Capital”, explica Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

“Continuamos nos empenhando para solucionar essa questão, pois os efeitos da suspensão impactam negativamente a produção e, consequentemente, o mercado imobiliário na Capital”, salienta o presidente da entidade, Flavio Amary. “Dentre outras iniciativas, o Secovi-SP ingressou na causa como amicus curiae e vem buscando dialogar com diversas autoridades no sentido de mostrar a extensão do prejuízo aos empreendedores e os impactos econômicos da medida, que pode paralisar o mercado em breve”, complementa.

Confira a íntegra da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário de março da Capital e da Região Metropolitana.

Autor: Assessoria de Comunicação - Secovi-SP

Fonte:  Secovi-SP



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