A modalidade de investir em imóveis para renda em locação de curta temporada vem aquecendo o mercado imobiliário brasileiro. O motivo: além da valorização do imóvel ao longo do tempo, também gera uma renda superior à das locações tradicionais.
O aluguel por temporada no Brasil já movimenta R$ 5,6 bilhões, e uma unidade chega a faturar R$ 250 mil por ano nesse novo formato de locação para curta temporada.
O motivo deste crescimento atende pelo nome e sobrenome de “economia colaborativa” – uma relação clara de ganha-ganha. Sai ganhando o anfitrião que rentabiliza mais e o hóspede que paga menos, comparados com hospedagens tradicionais.
Esse é um modelo econômico que veio para ficar, aponta Eudoxios Anastassiadis, diretor presidente da incorporadora Alfa Realty. “Aquele estilo de aluguel que conhecemos está perdendo espaço para o aluguel de curta temporada, onde o inquilino passa uma temporada para eventos curtos.”
Com a prática, um anfitrião chega a lucrar 40% mais do que em aluguel tradicional. Prova de que o público brasileiro já entendeu os benefícios do aluguel por temporada e passou a optar por essa modalidade de investimento. Anastassiadis ainda comenta que o momento é propício pois os clientes estão mais confiantes e já vêem na atividade um jeito inteligente e seguro de locação, e já identificaram uma alternativa vantajosa em relação à hotelaria.
Além disto, a economia está mais favorável. “O ano de 2019 trouxe com ele a baixa na taxa SELIC, para 5,5%, o que gerou redução nos juros e consequentemente fica desinteressante deixar o dinheiro parado, rendendo apenas 1% real ao ano. Isso ajudou a aquecer o mercado e a injetar mais ânimo nos investidores”, comentou.
Ele ainda relata que o investimento em imóveis, já previsto para esta modalidade, pode ser uma excelente alternativa para rentabilização, pois a locação de curta temporada pode ser a própria fonte pagadora do imóvel que foi financiado para este fim.
Três outros fatores, segundo ele, merecem atenção:
Novas oportunidades chegaram
Com o crescimento do aluguel por temporada o mito de que apenas cidades litorâneas têm potencial de atração de turistas ficou para trás. Hoje há amplo crescimento no número de viajantes a negócios, cursos, workshop etc. Viajantes que não mais optam apenas por hotéis. Buscam principalmente uma nova experiência de alta qualidade.
Volume financeiro maior ao proprietário
As hospedagens por curta duração permitem ao anfitrião um maior volume de inquilinos no imóvel. O que, consequentemente, aumenta o volume financeiro com a prática.
Os inquilinos que optam por períodos mais longos de hospedagem, com meses de duração, ficam cada vez mais escassos no mercado.
Foco nas capitais
Cidades como São Paulo, por exemplo, atraem turistas a negócios e eventos o ano inteiro. Isso implica em uma demanda ampla para o proprietário de imóveis para aluguel de curta temporada.
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