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Crédito da CAIXA para habitação segue em alta e cresce 6,3% em 2017


Saldo de empréstimos para construção e compra da casa própria alcançaram R$ 431,7 bilhões. CAIXA projeta cenário favorável para redução de juros neste segmento

Principal financiador da área de habitação do País, a Caixa Econômica Federal fechou o ano passado com saldo de R$ 432 bilhões na carteira de crédito de habitação. O volume de empréstimos ficou 6,3% acima dos R$ 406 bilhões registrados em 2016, segundo o balanço financeiro anual divulgado nesta terça-feira (27), em São Paulo.

Com o resultado, a instituição ganhou 2,1 pontos percentuais (p.p.) de participação no mercado imobiliário e manteve a liderança no setor, respondendo por 69% das operações para compra da casa própria. O Feirão CAIXA da Casa Própria 2017 movimentou R$ 13,1 bilhões, valor 27,22% superior ao registrado no Feirão 2016. 

Na avaliação dos dirigentes da CAIXA, o resultado é surpreendente. “Para nós foi um ano bom para habitação. O mercado no geral iniciou 2017 com sinais de um ano difícil. Mas 2017 mostrou que tivemos um crescimento no crédito imobiliário influenciado principalmente pelos recursos do FGTS”, avaliou o vice-presidente de Habitação da CAIXA, Nelson Antonio de Souza.

O saldo da carteira de crédito imobiliário com recursos do FGTS fechou 2017 em R$ 237,6 bilhões, uma alta de 16,4% em relação ao saldo de R$ 204 bilhões do ano anterior. Já o saldo das operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) representaram R$ 194,1 bilhões no ano passado, queda de 3,9% sobre 2016. “Os recursos foram emprestados de acordo com a nossa disponibilidade de capital”, explica Souza. “O mais importante é que em 2018 vamos continuar dando prioridade à habitação.” 

A inadimplência nas operações de crédito imobiliário acima de 90 dias é a menor já registrada na CAIXA. No quarto trimestre do ano passado, o índice de inadimplência da habitação situou-se em 1,37%, queda significativa em relação ao terceiro trimestre de 2017 (1,88%) e também na comparação com o quarto trimestre de 2016 (1,63%). O resultado contribuiu para a redução da inadimplência do total das operações de crédito, fechando em 2,25%, 0,6 p.p. menor que no quarto trimestre de 2016, e significativamente menor do que a média do mercado, de 3,49%.  

Em 2017, a participação da carteira de crédito para habitação alcançou 61% do total da carteira de crédito da CAIXA, o que representou crescimento de 4 p.p. em relação ao ano anterior (57% de participação). 

Expectativas para 2018

Para este ano, o orçamento da CAIXA previsto para o crédito habitacional é de R$ 82 bilhões, o mesmo valor disponibilizado no ano passado. Em 2017, a contratação bruta da carteira de crédito do banco atingiu R$ 86 bilhões, superando o orçamento previsto. 

“O grande desafio para 2018 é que já começamos com o mesmo orçamento de 2017, além de uma meta física de 650 mil unidades a serem lançadas somente pelos programas de habitação do Ministério das Cidades, fora toda a habitação de mercado. Ou seja, são novos empreendimentos que geram emprego e renda”, prevê o vice-presidente.

A estimativa de Nelson de Souza é que os lançamentos imobiliários atinjam a marca de 800 mil novas unidades este ano, incluindo as 650 mil previstas pelo governo federal. “Isso terá um impacto significativo na geração de empregos. O melhor disso são os índices de confiança do empresário e do consumidor. O ânimo do empresário da construção civil hoje é outro”, observa Souza. “Eu diria que 2015 e 2016 foram anos difíceis para habitação e para economia brasileira. Mas em 2017 a economia começou a reagir, largou bem, e 2018 é o momento do crescimento contínuo”.                      

Redução de juros  

O vice-presidente de Habitação da CAIXA confirmou a projeção de que existe um cenário favorável para a queda dos juros do crédito imobiliário, acompanhando a trajetória de queda da taxa Selic. “Para habitação de mercado queremos, sim, fazer um ajuste nas taxas de juros. Estamos precificando isso. Com certeza, essa medida será benéfica para o incremento da carteira habitacional do banco”, destaca.

A CAIXA prepara outras novidades para o crédito habitacional. A ideia é conceder empréstimo adequado ao perfil de risco do cliente. “Estamos chamando isso de crédito customizado. Vamos definir a taxa de juros em função do rating do cliente, ou seja, com base no relacionamento que o cliente tem com a Caixa”, disse. “Se o cliente tiver rating A, que paga seus compromissos em dia, que tem relacionamento com a CAIXA, terá taxa de juros menor para habitação. É o mesmo que já acontece com a operação comercial”. 

Histórico 

Segundo o balanço financeiro da CAIXA, o volume de empréstimos concedidos para o setor de habitação mantém a trajetória de alta desde 2014, ano em que o volume alcançou R$ 340 bilhões. Em 2015, o montante de empréstimos subiu para R$ 385 bilhões e alcançou R$ 406 bilhões no ano seguinte, permanecendo em alta em 2017, chegando a R$ 431,7 bilhões na carteira de crédito habitacional. 


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