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PIB da construção deverá crescer 2% em 2019


Já o crescimento das construtoras tende a ser mais modesto, na faixa de 1%


Depois de acumular queda de 28% de 2014 a 2018, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor da construção deverá crescer pela primeira vez em 2019, em 2%, comparado ao ano passado. A estimativa foi anunciada pelo presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, em entrevista coletiva em 5 de fevereiro, tomando como base uma projeção de crescimento para o PIB nacional de 2,5% neste ano.


Se este resultado se confirmar, ele deverá ser “puxado” pelas obras e pequenas reformas realizadas por pequenos empreiteiros ou famílias (autoconstrução), que em seu conjunto poderão crescer 3,5% neste ano, explicou o vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan. A estimativa é que a atividade das construtoras se eleve em 1%, completou.


A previsão de crescimento encontra respaldo em um cenário econômico mais favorável que nos anos anteriores, comentou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Em sua apresentação, a economista mostrou dados e projeções como a de uma possível elevação do nível de emprego na construção em 4,5%, em 2019.


Os dirigentes do SindusCon-SP destacaram a importância da realização de reformas, especialmente a da Previdência, para que os investimentos em construção se elevem e resultem em geração massiva de empregos.


Senra e Zaidan alertaram para a necessidade de o governo dar mais transparência a determinados dados que não estão sendo divulgados ultimamente. Há tempos não se obtém números sobre o andamento e a previsão do Programa Minha Casa, Minha Vida. Outro é a interrupção, pelo Banco Central, dos dados sobre as aplicações dos bancos no financiamento do crédito imobiliário. Também preocupam as mudanças na Lei de Acesso à Informação. “Tudo isso é fundamental para dar segurança a quem for fazer investimentos em atividades de longo prazo de maturação, como a construção”, disseram.


Eles ainda chamaram a atenção para a necessidade de outras medidas que facilitem a construção e a aquisição de imóveis, como acesso mais facilitado aos financiamentos bancários e queda dos juros do crédito imobiliário, que não acompanharam as sucessivas quedas dos juros básicos da economia. E destacaram a importância da continuidade do Programa Minha Casa, Minha Vida para a erradicação do déficit habitacional, a geração de emprego e a atividade da construção.


Expectativas em alta


Segundo as sondagens setoriais feitas em janeiro, as expectativas dos empresários têm subido, aproximando-se do otimismo moderado. Além disso, 2018 deixou um legado econômico favorável, com inflação baixa, a menor taxa básica de juros da série histórica e o emprego em alta, acrescentou Ana Maria. Mas, ressalvou, o ano passado também legou também fatores desfavoráveis ao investimento, como a elevação da dívida do governo, a piora do quadro fiscal dos estados e um crescimento aquém do esperado da produção industrial.


Nos últimos 12 meses até novembro de 2018, o PIB da construção acumulava queda de 2,3%, a menor dos últimos anos, segundo a FGV. No ano passado, o crédito imobiliário voltou a crescer, as vendas e os lançamentos de empreendimentos aumentaram, os distratos de aquisição de imóveis diminuíram e as eleições impulsionaram obras.


Emprego cresce

Em 2018, o emprego na construção brasileira fechou dezembro com ligeiro crescimento na comparação com o mesmo mês de 2017: um saldo positivo entre contratações e demissões de 16,1 mil novos postos de trabalho (+0,71% em relação a dezembro de 2017). No acumulado do ano, o resultado ainda foi negativo (-1,5%).


Ao final de 2018, o setor empregava 2,3 milhões de trabalhadores, ainda bastante distante do total de 3,48 milhões que empregava no final de 2014. Os dados são da pesquisa mensal do SindusCon-SP com a FGV.


Como costuma acontecer em dezembro quando muitas obras terminam sem que novas tenham se iniciado, o número de empregados no setor caiu em relação a novembro, com o fechamento de 58,4 mil vagas no mês (-2,47%).


Em 12 meses, o nível de emprego na construção se elevou nas regiões Sudeste (+1,78%) e Sul (+0,87%), caindo no Norte (-0,34%), Nordeste (-1,54%) e no Centro-Oeste (-0,15%).


O segmento onde o emprego mais cresceu foi o de Engenharia e Arquitetura (+7,58%), denotando o aumento dos projetos de novas obras e indicando futura geração de emprego na construção. As obras de infraestrutura tiveram declínio de 2,2% e as de imobiliário, de 1,1%.


No Estado de São Paulo, o emprego na construção fechou o ano com saldo ligeiramente positivo de 727 novos postos de trabalho (+0,11%), na comparação com dezembro de 2017. Ao final do ano, o setor empregava 636,5 mil trabalhadores. Em dezembro, haviam sido fechadas 8,6 mil vagas em relação a novembro (-1,34%).


No ano, as regiões do Estado que apresentaram as maiores quedas percentuais foram Sorocaba (-3,14%), Presidente Prudente (-1,14%) e São Paulo (-0,99%). Os que tiveram as maiores elevações foram Santo André (+7,92%), Bauru (+4,83%) e Ribeirão Preto (+3,76%).



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