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Juros em baixa dão fôlego extra ao mercado do setor imobiliário


Caixa Econômica Federal reduz taxa de juros de algumas linhas de financiamento imobiliário e aumenta teto do empréstimo; outros bancos acompanham e mercado prevê mais negócios


O recente anúncio da Caixa Econômica Federal em baixar taxas de juros de algumas linhas de crédito de financiamento habitacional é mais um estímulo para o mercado imobiliário nacional. Na esteira, outros bancos também promovem alterações, na tentativa de acompanhar o movimento do setor. O principal agente de crédito do País também elevou de 50% para 70% o teto de financiamento de imóveis usados, retornando ao antigo patamar que vigorou até setembro de 2017.


A Caixa reduziu até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). As taxas mínimas passaram de 10,25% ao ano para 9% ao ano no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% ao ano para 10% ao ano, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).


Ao divulgar a notícia para a imprensa, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, afirmou que a redução das taxas de juros facilita o acesso à casa própria e contribui para estimular o mercado imobiliário. "O objetivo da redução é oferecer as melhores condições para os nossos clientes, além de contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas", disse.


O banco também aumentou o limite de cota de financiamento do imóvel usado de 50% para 70% e retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%. A consequência positiva é para o aumento do teto é que mais pessoas entram para o mercado, já que a quantia necessária para a entrada na compra será menor.


Estão enquadrados no SFH imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo o País, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil. Imóveis acima disso se enquadram no SFI. O banco informou ainda que não houve alteração nas taxas reguladas pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).


Para o diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) em Rio Preto, Alessandro Nadruz, o impacto da decisão é favorável ao mercado já que aumenta o potencial de financiamento e facilita a compra de imóveis. "A taxa de juros menor permite que a parcela se encaixe na renda mensal e, com isso, aumenta a possibilidade de aprovação do financiamento".


Outro reflexo, segundo Nadruz, é um aumento na procura por imóveis novos tanto nos plantões de venda como nas imobiliárias, motivado pela redução de juros. "Observamos que o mercado de lançamento de imóveis está favorável em Rio Preto."


O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, fez uma simulação para mostrar como ficara um financiamento com as novas taxas. Considerando a compra de um imóvel novo no valor de R$ 250 mil, com 80% financiado, com a queda da taxa de juros de 10,25% para 9%, em 20 anos haveria uma diferença de R$ 25,1 mil de juros no bolso do comprador. Adiciona-se, ainda, o fato de que a diferença entre a prestação inicial e a renda exigida do tomador do financiamento cai mais de 8%.


Planejamento


Como se trata de uma compra que longo prazo, de 30, 35 anos, o consumidor deve planejar muito bem a aquisição do imóvel. Segundo Nadruz, não somente a taxa de juros deve ser analisada, mas se o valor da parcela mensal cabe no orçamento. "Isso porque, às vezes, alguns bancos reduzem os valores das taxas de juros, mas a parcela acaba mais cara por conta de outras despesas embutidas", disse.


O empresário João Vitor Delacoleta está prestes a se mudar para seu primeiro imóvel próprio. Aos 22 anos, está finalizando algumas reformas no apartamento que financiou. Ele comprou o imóvel por R$ 154 mil e financiou R$ 102 mil, que serão pagos em 20 anos. Ele conta que já tinha planos de fechar o negócio e tomou a decisão ao voltar de uma temporada de intercâmbio no exterior. "Estou realizado por essa conquista." Ele afirma que o processo foi extenso em função da quantidade de documentação necessária para o fechamento do financiamento, mas que a aprovação foi rápida.


O economista Hipólito Martins Filho afirma que a redução dos juros, de fato, é benéfica para o consumidor. Mas, ele ressalta a importância de se fazer a pesquisa entre os bancos, em função da variação das taxas. "O grande problema é fazer um investimento de longo prazo numa economia tão instável, mas por outro lado, a pessoa deixa de pagar o aluguel e passa a ter a sua casa", afirma. Como orientação, ele sugere que se opte por começar a pagar parcelas mais altas, que diminuam ao longo dos anos.


Bancos acompanham


A partir da decisão da Caixa, que concentra grande parte dos financiamentos imobiliários, outros bancos também promovem reduções de juros nas suas linhas de financiamento. "A decisão repercute de forma direta com os outros bancos, que não querem ficar para trás na disputa por clientes. Eles também acabam baixando os juros e financiando até 90% do valor dos imóveis", disse Alessandro Nadruz, do Secovi.


É o caso do Santander, que pratica 8,99% de juros ao ano no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 9,49% ao ano para Taxa de Mercado (Carteira Hipotecária). As condições são válidas até 31 de julho de 2018.


De acordo com o banco, o corte das taxas faz parte da estratégia da instituição no segmento de crédito imobiliário, apontado como mercado prioritário para a conquista de participação. De acordo com o que informou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, no anúncio, "cabe a nós, como banco, ter um papel fomentador ao processo de mudança, com o estímulo à competição no mercado financeiro".


Nestas condições, o Banco financia imóveis novos e usados com valores de R$ 90 mil a R$ 950 mil (DF, MG, RJ e SP) no âmbito SFH, e acima de R$ 950 mil (DF, MG, RJ e SP) para Taxa de Mercado. Nos demais Estados, o valor do imóvel é de até R$ 800 mil.


O Banco do Brasil informou que monitora os movimentos de mercado e procura oferecer as melhores condições aos seus clientes. Para imóveis enquadrados no SFH, os juros são de 8,99% ao ano TR para imóveis novos e usados de até R$ 950 mil.


O Itaú Unibanco informou apenas, sem detalhes, que oferece taxas que estão em linha com as praticadas pelo mercado, a partir de 9% ao ano TR para SFH e 9,5% ao ano TR para SFI, podendo variar de acordo com o perfil do cliente e seu relacionamento com a instituição. O percentual é de até 82% do valor do imóvel, com valor mínimo de R$ 80 mil (tanto para imóveis novos como usados).


No Bradesco, as condições do crédito imobiliário determinam que para imóveis do SFH, os juros são a partir de 9,3% ao ano TR e para imóveis do SFI, a partir de 9,7% ao ano TR. O limite de financiamento é de até 80% do valor do imóvel tanto para novo como usado. O prazo de financiamento é de até 30 anos. (LM)


Fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2018/05/economia/rio_preto_e_regiao/1105237-juros-em-queda.html





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