Projeto de Lei prevê que flats funcionem como hotel em São Paulo; incorporadoras já preparam lançamentos


A proximidade de eventos esportivos no Brasil está fazendo o setor hoteleiro se mexer. Com a preocupação de atender a demanda de público que visitará São Paulo, principalmente por conta dos jogos da Copa do Mundo a serem realizados na cidade, representantes do segmento junto com a Secretaria Municipal do Turismo esperam que a Câmara Municipal aprove o projeto de lei que daria a permissão aos flats atuarem como hotel, tal como era no passado.

Essa proposta, se aprovada pelo legislativo, derrubaria um decreto assinado pelo então prefeito José Serra, em 2005, que acabou com a possibilidade do uso híbrido desse tipo de prédio. Essa decisão, ainda em vigor, prevê que os flats funcionem apenas como residência, respeitando assim a legislação de uso e ocupação do solo. No entanto, essa lei fez com que os usuários de flats migrassem para os hotéis, aumentando a taxa de ocupação desses estabelecimentos.

Em 2010, a taxa de ocupação em hotéis da cidade chegou ao seu limite, tendo superado a lotação média nos dias de semana em 100%. E a tendência é que este cenário piore se nada for feito. Além dos eventos esportivos, o crescimento econômico brasileiro e o turismo de negócios em franca expansão, fazem com que a demanda por quartos aumente significativamente. Diante disso, os flats entram na pauta de discussão para que seu uso seja liberado, tanto para fins residenciais quanto forma de hotéis sempre com serviços agregados.

Flat: Um novo nicho imobiliário
De olho nesse mercado, incorporadoras já preparam lançamentos de unidades compactas de 35m2 que ofereçam serviços de lavanderia, concierge, e toda a infraestrutura de hotel, com conforto de uma residência. Exemplo disso são os empreendimentos que a Vitacon Incorporadora prepara para os próximos meses.

Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da empresa, explica que a evolução da economia e o atual estilo de vida nas grandes metrópoles fazem dos flats um produto perfeito para quem não precisa de muito espaço, quer ficar perto do grande centro, além de ser uma excelente opção de moradia e investimento. “Esse tipo de empreendimento tem alta liquidez e retorno garantido. Só para se ter uma ideia, as taxas de retorno em locações chegam a 1,3% do valor total do investimento ao mês”, afirma.

Frankel considera crucial o atual momento em que os setores estão reunidos, empenhados na melhor solução para a questão dos flats. “Precisamos nos programar para receber turistas e os grandes eventos com hospedagem qualificada. Os flats, além de serem excelentes opções residenciais para os solteiros, podem ser um bom reforço para a cadeia hoteleira de São Paulo”, analisa.

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