Os impactos da Copa do Mundo no setor imobiliário brasileiro


Os impactos da Copa do Mundo no setor imobiliário brasileiro

Evento em São Paulo discute as oportunidades de negócios e os desafios que precisam ser superados para a realização da Copa do Mundo de 2014

Mais do que estádios de futebol e obras de infraestrutura, a Copa do Mundo de 2014 vai exigir investimentos em diversos segmentos do setor imobiliário brasileiro. Mas se de um lado isso representa janelas de oportunidade, de outro implica na superação de desafios. A maioria das cidades, por exemplo, precisará ampliar a rede hoteleira e ao mesmo tempo trabalhar para incrementar o turismo de modo que a taxa de ocupação se mantenha alta após o término do evento. E esse é apenas um dos exemplos dos desafios que serão discutidos nesta quinta-feira (16/9), às 10h30, na 10ª Conferência Internacional da Sociedade Latino-Americana de Real Estate, que acontece de 15 a 17 de setembro, em São Paulo.

Para este debate, estarão reunidos quatro especialistas do setor: o consultor imobiliário Caio Calfat Jacob; o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), João Crestana; o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi; e o presidente para as Américas da Federação Internacional de Real Estate (Fiabci, na sigla em inglês), Ricardo Yazbek.

Segundo o coordenador da mesa-redonda e presidente da Conferência, o engenheiro Cláudio Tavares de Alencar, membro do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP, o evento abordará a necessidade de promover a adequação urbana e a melhoria no funcionamento das cidades. Isso inclui, além das imprescindíveis obras de infraestrutura, a melhoria dos serviços voltados para turistas. “Sem um trabalho sincronizado, visando estimular o turismo, haverá o risco deste segmento sofrer com a baixa ocupação após a Copa.”

Na avaliação de Caio Calfat Jacob, será necessário ainda fazer uma avaliação do tipo de hotéis que realmente são necessários. “O Rio de Janeiro vai ter que renovar toda sua rede hoteleira, que é muito antiga e está degradada. Já em Belo Horizonte há uma enorme demanda por hotéis de médio e alto padrão”, exemplifica.

A melhoria no funcionamento das cidades, obviamente, deverá favorecer tanto segmentos tradicionais do mercado imobiliário – residencial e comercial – como o de serviços. Os imóveis localizados nas áreas próximas onde serão executadas as obras de infraestrutura e no entorno dos estádios deverão ser valorizados.

Em alguns casos, a construção de arenas multiuso, a exemplo do estádio do Corinthians, representa uma oportunidade de revalorização da região, que hoje funciona como uma espécie de cidade-dormitório de baixa renda. “A exemplo da zona leste da cidade de Londres, que está passando por transformações para abrigar as Olimpíadas de 2012, essa região de São Paulo também poderá ser transformada em uma nova e próspera área metropolitana”, afirma José Roberto Bernasconi.

Para isso, acrescenta o presidente da Conferência, é importante que desde já se discutam bem as ações que deverão ser tomadas para que todos os projetos construídos não virem um elefante branco depois da Copa. “A Conferência da Lares pretende contribuir para essa discussão, trazendo propostas de soluções para os desafios”, conclui.

A 10ª Conferência Internacional da Sociedade Latino-americana de Real Estate será realizada de 15 a 17 de setembro no Centro Brasileiro Britânico (Rua Ferreira de Araújo, 741, São Paulo). O evento contará com a apresentação de mais de 50 estudos e pesquisas sobre o setor imobiliário. Haverá ainda sessões plenárias para discutir, além dos impactos da Copa de 2014 no setor, os investimentos internacionais no mercado brasileiro de Real Estate. Inscrições e informações: www.lares.org.br/2010.

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