Não existe bolha no mercado imobiliário brasileiro, afirma empresário do setor


De volta à baila, a discussão se a alta atual dos preços dos imóveis pode ser uma bolha. Alguns especialistas começam a questionar a consistência do mercado e da possível geração de uma bolha imobiliária quando acontece qualquer aumento ou desvio de preço no setor de habitação.

No Brasil, o crescimento da demanda, a elevação do crédito e o aumento do número de pessoas que investem em imóveis favorecem a valorização imobiliária. Mas isso não constitui uma bolha, já que ainda há déficit de moradias e temos uma regulamentação financeira forte, todos esses fatores ajudam a reduzir o risco de queda nos preços.

A bolha imobiliária se forma quando há um aumento infundado nos preços praticados por metro quadrado, como aconteceu nos EUA, em 2008, quando os preços tiveram uma alta muito grande por conta do excesso de crédito e da especulação dos investidores, que compravam para revender visando um lucro no curto prazo.

No Brasil, o crescimento da demanda, a elevação do crédito e o aumento do número de pessoas que investem em imóveis favorecem a valorização imobiliária. Para Alexandre Lafer Frankel, diretor presidente da Vitacon Incorporadora “nosso país tem regras fortes para financiamento de imóveis. O que está acontecendo é uma recuperação de um mercado que, por falta de financiamento habitacional, ficou parado por mais de duas décadas.” Frankel defende que no Brasil o crédito imobiliário está crescendo agora e não temos quadro na nossa economia que sinalize para bolha, “temos sim é um mercado carente de habitações”.

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Comentários

  1. Bolha no mercado Imobiliário? Imagina. Por aqui só tem gente santa. Quando no Brasil foi descoberto um empresário morto de fome e irresponsável? Só nos EUA tem, por isso que lá persiste a fome e a miséria. O sistema financeiro no Brasil é diferente, então, é óbvio que a bolha nos moldes dos EUA está fora de cogitação. Mas isso basta para ficarmos tranquilos? Eu acredito que não. Para começar, se está vendendo tanto significa que as pessoas estão substituindo o aluguel pela aquisição, então, pq o preço do aluguel sobre vertiginosamente tb? Isso não é artificialização do preço? Outra questão é o projeto urbano X verticalização - o mais medíocre especialista em projeto urbano conhece sobre os perigos da verticalização. No Brasil, onde as cidades não seguem um projeto urbano, a verticalização pode virar uma roleta russa. Na região onde eu moro em São Paulo não tem condições urbanas para que sejam inaugurados tantos empreendimentos imobiliários. Daí, a saída é ir para o interior, cidades próximas, e nesse fluxo as estradas de acesso viraram avenidas ... se a economia fizer o caminho das pessoas rumo ao interior, será como uma barragem de água estourando, pelo menos no caso de Sao Paulo. Para finalizar, o mercado imobiliário vende imóvel, e as pessoas compram um lar. A visão egocêntrica dos condômínios, alguns até com comércio interno por causa da "violência" boo, tira de foco o cerne da cidade, que é a rua do coletivo. Estar na cidade é estar no coletivo, sem isso as cidades morrem. Além disso, a maior parte das aquisições são feitas por casais só que, no Brasil, o divórcio cresce mais do que os casamentos. Se essa leva de compradores virarem vendedores em médio prazo escabum ... o preço do imóvel caí aquém do investido pelo Banco e a liquidez diante os investidores vai pro beleléu. O problema dos economistas é ver os numerozinhos se esquecendo que são os seres humanos, suas vontades, sonhos, medos e ambições o que de fato mexe com todo o sistema. Na hora de artificalizar os preços tudo é número, na hora da crise é pq as pessoas entraram em desespero. Economia são as pessoas estúpidos.


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