Na contramão da tendência, Goiânia aposta na volta dos apartamentos de metragem maior


Apartamento de 100 metros quadrados deve ser a grande vedete do mercado imobiliário em 2014 em Goiânia. Setor espera o upgrade da classe média, na busca de plantas maiores e mais confortáveis

Quando a maturidade bate à porta, é hora de colocar os planos em prática. Neste momento, na vida privada a família já foi definida, inclusive o número de filhos; no trabalho, a carreira já está mais estabelecida e já é possível alçar voos maiores. Um deles é investir em mais espaço e conforto para o lar, doce lar.

É para este nicho de famílias da classe média que o mercado imobiliário apostará suas fichas em 2014. No fôlego da economia goiana e dos financiamentos habitacionais, ambos em alta, aumenta este perfil de consumidores em Goiás. Por isso, a ênfase dos lançamentos será de apartamentos com o tamanho médio de 100 metros quadrados – a medida típica do imóvel três quartos que cai como uma luva a este público.

A aposta não é aleatória, mas baseia-se em números avaliados pelos Estudos de Inteligência de Mercado da URBS-RT Lançamentos Imobiliários, empresa que recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o título de Imobiliária do Ano pelo Prêmio Top Imobiliário do Sindicato da Habitação em Goiás (Secovi-GO).

“Nos últimos dois anos, o estoque de apartamentos reduziu em 15% em Goiânia e, no mesmo período, o mercado concentrou seus lançamentos no alto padrão, nos imóveis comerciais e nos apartamentos compactos. Com isto, a demanda por esta tipologia aumentou e, agora, a produção imobiliária irá voltar-se para ela”, explica o diretor da empresa, Ricardo Teixeira, fazendo menção aos números da série histórica da pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário em Goiás (Ademi). Ricardo acrescenta, ainda, que a redução mais acentuada no estoque de imóveis prontos foi a dos apartamentos de três quartos – 35% em 2013, comparando aos números de 2011.

Segurança e mobilidade

Para atender a esta demanda, Ricardo explica que a tipologia dos 100 metros quadrados se enquadra na família brasileira padrão que, segundo o IBGE, tem 3,1 integrantes em média. “Neste formato, o casal que tem dois filhos destina um quarto para cada um; aqueles que têm menos filhos, ganha um quarto extra para o escritório do casal”, sugere.

O especialista observa ainda que as novas ofertas deverão atender a quesitos de mobilidade e segurança - duas questões tem sido alvo de preocupação dos goianienses, nos últimos anos, com o crescimento da capital. “Em busca de facilidade de deslocamento e segurança, a tendência é que a família opte pelo apartamento”, diz.

O especialista explica ainda que outra inclinação do mercado para atender a este nicho é realizar lançamentos de bairros vizinhos a setores já verticalizados. Estes setores geralmente já oferecem infraestrutura e serviços, o que facilita a mobilidade no dia a dia. “Explorar as áreas vizinhas possibilita a aquisição de terrenos mais baratos, pela incorporadora, que resultam em um valor mais acessível do apartamento”, explica a matemática. Um exemplo é o Jardim América, que fica ao lado do Setor Bueno.

A mesma lógica deverá se aplicar nas regiões próximas a parques e praças. “Em um primeiro momento, as incorporadoras lançaram imóveis de frente à essas benfeitorias, agora, a tendência é oferecer lançamentos nas proximidades para aproveitar o conforto que a região oferece, com preços mais vantajosos”, acredita.

Ricardo ainda frisa que o lançamento de apartamentos de um quarto não deve parar, até porque, segundo ele, essa é uma tendência de grandes centros metropolitanos. “A cidade é jovem, está em ritmo de crescimento, desenvolvimento, ocupação urbana e tem boas perspectivas. O setor mostrou que sabe avaliar corretamente a demanda e ofertar produtos adequados”, diz.

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