Construindo o Grande ABC apresenta desafios e soluções para o mercado imobiliário


Evento promovido pela ACIGABC, em parceria com a Caixa, trouxe um saldo positivo de informações e inovação para o setor



 


 


 


 


 


 


 


 


 




Fomentar o mercado imobiliário regional, disseminando informações estratégicas para o setor. Com esse objetivo, a ACIGABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), que representa o Secovi-SP na Região, realizou o congresso Construindo o Grande ABC no dia 29 de outubro. O evento, que teve o patrocínio master da Caixa, contou com cerca de 200 participantes no Hotel Blue Tree Towers, em Santo André. “É uma honra muito grande fazer um evento como este, que aproxima e fortalece as parcerias entre as empresas e entidades, debatendo os desafios e apresentando dados e soluções reais para nosso mercado. Com certeza repetiremos a iniciativa pelo menos uma vez por ano”, afirmou Milton Bigucci, presidente da ACIGABC.


Confira alguns dos destaques dos palestrantes:
Luiz Marinho, presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de São Bernardo do Campo, abriu o evento destacando que nos últimos 20 anos a Região passou a ter mais investimentos no setor de prestação de serviço, frente à desindustrialização. “Quero deixar uma questão provocativa para refletirmos: Muitas vezes ao pensarmos a construção de um empreendimento estamos expulsando uma indústria da Região. Temos de dimensionar a cidade que desejamos, harmonizando a presença de imóveis não só para habitação, mas para indústrias, para apoio de serviços, para prestação de serviços e planejar é fundamental. Por conta da falta de planejamento no passado tivemos de dimensionar grandes recursos agora para corrermos atrás do prejuízo causado”. O presidente do Consórcio também ressaltou que a mídia poderia contribuir mais com notícias positivas que possam estimular investimentos estrangeiros. “É preciso uma mudança de mentalidade, com envolvimento dos setores de Marketing e Comunicação para de fato mostrar as oportunidades do Brasil que estão aí e não são noticiadas”.


Everaldo Coelho, superintendente regional da Caixa para o ABC, destacou o bom momento do financiamento e operações imobiliárias no País: “A Caixa atingiu em setembro de 2013 R$ 100 bilhões de contratações em crédito imobiliário em todo o Brasil. No ABC foram 2 bilhões, mais de 55 unidades financiadas por dia na Região, isso só pela Caixa, sem contar as demais instituições financeiras. De outro lado temos um grande desafio, que é a mobilidade urbana. Precisamos pensar como avançar, daqui 20 ou 30 anos, com uma cidade mais inclusiva”, destacou.


Celso Petrucci, economista-chefe e diretor executivo de Incorporação Imobiliária do Secovi, apresentou o cenário econômico e as perspectivas para o mercado imobiliário: “Em 2007 e 2008, passamos por um momento muito bom. 2010 foi um ano excepcional para o mercado e 2011/2012 foram anos de ajuste, mas  a procura por imóvel continua. Agora em 2013 tivemos 33 mil unidades lançadas na cidade de São Paulo e devemos encerrar o ano com 35 mil unidades vendidas, a demanda é crescente. O crescimento da renda, a geração de emprego  e o financiamento abundante, barato e simples são os fatores fundamentais para essa realidade. A maior carteira de financiamento (física) do país é a do crédito imobiliário”, afirmou. O economista também relembrou o histórico sobre financiamento no Brasil, que iniciou em 1964 com o BNH – Banco Nacional de Habitação. “Entre 1964 e 1982 com o BNH tivemos 217 mil operações com FGTS. Depois que o BNH foi extinto demoramos 25 anos para chegar aos mesmos números. Agora, a média é de 633 mil operações por ano, quando computamos o FGTS e a Poupança. Em 2012 foram 951 mil de operações.”


Carolina Rafaella Ferreira, Helena Camargo, Roberta Bigucci e Marcia Taques, do Grupo de Novos Empreendedores do Secovi-SP, apresentaram alguns dos projetos imobiliários inovadores ao redor do mundo. “O grande diferencial do setor imobiliário dos EUA, comparando com o Brasil, é o potencial construtivo, que lá é de 19 a 30 vezes o tamanho do terreno, além da possibilidade de você poder comprar o potencial aéreo do seu vizinho, possibilitando sua construção manter a vista que tem”.


Sérgio Henrique Cançado de Andrade, superintendente executivo da Caixa, apresentou alternativas para financiamento e crédito imobiliário e destacou também a importância da articulação do setor neste evneto: “A importância do setor da construção civil se dá não só para resolver o problema do déficit habitacional do país, que é muito grande, mas também para gerar emprego e renda no país. Todos os agentes dessa cadeia têm de discutir cada vez mais soluções para que possamos superar os grandes desafios do mercado e continuar crescendo. No Brasil a participação do crédito imobiliário no PIB ainda é de apenas 7%, temos muito a crescer”, destacou. O superintendente também ressaltou a grande demanda por eventos como o Construindo o grande ABC, realizado pela ACIGABC em parceria com a Caixa: “Estamos discutindo soluções de crédito, e outros temas que trarão inovações tecnológicas para o setor no sentido de reduzir custos e fomentar mais expectativas e novos negócios imobiliários para o setor.”


Mara Luísa Alvim Motta, gerente executiva de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, coordenadora do Selo “Casa Azul Caixa”, abordou o tema “Construções Sustentáveis”, destacando a importância e os critérios para obtenção do “Casa Azul” e apresentando alguns  dos projetos que já possuem o selo, como o Residencial Bonelli (Joinville-Santa Catarina), o Complexo Paraisópolis (São Paulo) e o Complexo Chapéu Mangueira (Rio de Janeiro), todos com nível série ouro. “Hoje há no Brasil 8 empreendimentos com o selo e 20 em avaliação. Atualmente a Caixa está discutindo novas diretrizes, para uma alternativa com maior flexibilidade na metodologia de avaliação. Atualmente há uma tendência, uma grande discussão no sentido de incentivar construções mais sustentáveis, seja por meio de leis ou de investimentos financeiros, como já ocorre em alguns municípios.”


Joaquim Antônio Mendonça Ribeiro, presidente da FENACI (Federação Nacional dos Corretores de Imóveis), e Alexandre Tirelli, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo, destacaram a importância da padronização de dados - principalmente da avaliação de imóveis - e a centralização de coleta de dados para os trabalhos dos corretores, apresentando a experiência positiva do setor no município de São José do Rio Preto, no Interior de São Paulo. “Precisamos de uma inteligência competitiva para gerar mais negócios. Criar um painel de padronização do preço de mercado do m²”, afirmou o presidente da FENACI.


Giovanni Sugamosto, diretor comercial do Segmento de Construção da Mega Sistemas – Unidade Curitiba, apresentou novo sistema de gestão e controle nos canteiros de obra com o uso de tablets. “Por meio do sistema da Mega é possível fazermos controle de tudo o que ocorre no canteiro, como reuniões de segurança, uso de EPIs, controles trabalhistas, exames médicos e todos os documentos referentes aos funcionários; tudo vai sendo arquivado no histórico do colaborador. Como benefícios temos redução de 50% no retrabalho, otimização da equipe, melhoria no processo de gestão da qualidade, entre outros”.


Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP, apresentou o cenário econômico dos últimos anos, passando pelo momento atual e as perspectivas para o setor em 2014. “O Brasil viveu altos e baixos no setor da construção civil, dando uma estagnada nas décadas de 80 e 90 e voltando a crescer a partir de 2000. Em 2013, o nível de atividade da construção (o que está sendo produzido) deve crescer cerca de 2%. Apesar de já termos crescido quase 15% em 2010, 2% não é ruim para a construção, pois a base de 2010 e 2011 eram muito altas. O ano de 2013 ainda tem a construção de obras que passarão para 2014 o que deve ajudar no nível de crescimento também. Quanto ao número de empregos do setor, em agosto deste ano eram 3,5 milhões de postos de trabalho em todo o Brasil. Devemos fechar 2013 com estabilidade em relação a 2012 quanto ao número de empregos no setor. Apesar de nos últimos dez anos ter mais que dobrado o número de empregos, a mão de obra, ainda é, sem dúvida, o maior desafio dos construtores.” “O ano de 2014 não deverá ser um ano ruim para a construção, deveremos ter um crescimento baixo, mas continuaremos gerando emprego e renda”. Watanabe destacou ainda que a produtividade e o investimento em tecnologia e inovação são os desafios para os construtores e incorporadores.


Carlos Grana, prefeito de Santo André encerrou o congresso. “Não poderia deixar de prestigiar os construtores e incorporadores da Região. Hoje foi inaugurado mais um shopping na cidade, Atrium, onde será instalado um Poupatempo e também será reativada a estação Pirelli. Temos investimentos fortíssimos do PAC no ABC e nossa região terá nos próximos 3 ou 4 anos uma alteração significativa para melhor.” O prefeito também destacou os investimentos em habitação na cidade: “A Prefeitura espero entregar cerca de 5 mil unidades habitacionais nos próximos 3 anos. Estamos muito otimistas. Quem ainda não tem investimentos em Santo André, eles serão muito bem-vindos. Afinal, Santo André é a capital do ABC”, brincou o prefeito. “Hoje, Santo André respira um ar diferente, de transparência, otimismo e inovação.” Grana agradeceu Milton Bigucci pela escolha de Santo André para realização do evento: “Conheço o Bigucci desde a década de 90, quando militamos juntos na base, criando um Fórum pela Cidadania do Grande ABC, com o objetivo de retomar a autoestima da região. Tenho a certeza que hoje foi um dia muito proveitoso para o crescimento do setor e da nossa região”, afirmou.


O evento Construindo o Grande ABC contou com patrocínio-master da Caixa Econômica Federal, co-patrocínio da Mega Construção e organização da agência Marketing SIM – soluções integradas de marketing. Os interessados em participar do próximo congresso podem fazer um pré-cadastro pelo site www.acigabc.com.br/construindoograndeabc

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