Cartão reforma deve injetar R$ 108,4 milhões na economia de Campinas


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Sancionado pelo Governo Federal no final de abril e com previsão de iniciar a liberação entre maio e junho, o programa Cartão Reforma, criado para financiar a compra de materiais de construção, deverá injetar R$ 108,4 milhões no comercio varejista de Campinas. O montante deverá beneficiar 12.054 famílias da cidade que serão cadastradas pela Companhia de Habitação (Cohab) de Campinas, conforme anuncio feito pelo presidente do órgão Samuel Rossilho, na semana passada.

 

O Cartão Reforma vai beneficiar famílias de baixa renda que recebem até três salários-mínimos, o equivalente a R$ 2,8 mil. Este crédito poderá ser utilizado na ampliação, promoção da acessibilidade ou conclusão de obras. O programa tem orçamento inicial de R$ 1 bilhão e a previsão do governo federal é de que cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas nesta primeira fase. O limite de crédito concedido para a aquisição do material de construção será de R$ 9 mil, em média.

 

Para participar do programa, o beneficiário deverá ser proprietário do imóvel e morar no local onde será feita a reforma. Terão prioridade famílias cujo responsável seja uma mulher, que tenham idosos ou pessoas com deficiência como membro, além das famílias com renda baixa. O cartão tem validade de um ano, e é necessário utilizar no período de vigência. A execução da obra é de responsabilidade da família beneficiada.

 

O repasse da verba será feito pelo Ministério das Cidades, via Caixa Econômica Federal, que vai entregar o cartão para famílias selecionadas. Esses valores não são um financiamento, mas um benefício. As pessoas não terão de pagar prestação ou juros pelo uso do dinheiro.
Para o presidente da Associação Regional da Habitação (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, o valor a ser liberado pelo Cartão Reforma para Campinas é de grande importância para os lojistas de materiais de construção da cidade, uma vez que vem em um momento em que a economia começa a se recuperar de um período recessivo, com forte queda no faturamento. “Além de um fôlego para os comerciais, este recurso vai ajudar a movimentar a economia local e também a gerar emprego, uma vez que muitas famílias precisarão contratar mão-de-obra especializada para a execução das obras”, acrescenta Lima Filho.

 

MERCADO IMOBILIÁRIO


 

De acordo com o presidente da Habicamp, o setor imobiliário de Campinas também começa a dar sinais de reaquecimento. Com a queda nas taxas de juros, retomada da economia e o aumento da confiança do consumidor estão encorajando as construtoras a desengavetarem investimentos em lançamentos, coisa que não se via há mais de dois anos. “Ao contrário de outras grandes cidades, onde construtoras ainda dispõem de grande estoque de imóveis para comercialização, em Campinas este número é muito baixo. Para suprir o aumento da demanda nos próximos meses, as construtoras terão que fazer novos lançamentos imobiliários, o que já estamos sentindo entre os nossos associados”, completa.

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