BR Properties eleva a receita líquida em 121% e Ebitda em 137%


Reajuste dos contratos de locação acima da inflação é um dos fatores do bom desempenho no primeiro trimestre de 2011

A BR Properties, uma das maiores companhias de investimentos em imóveis comerciais do Brasil pelo critério de área bruta locável (ABL), fechou o primeiro trimestre de 2011 com uma receita bruta de R$ 84,9 milhões, 113% superior à do mesmo período de 2010. Desse total, 43% são provenientes da locação de escritórios, 43% da locação de galpões industriais e o restante advêm de receitas de varejo e serviços.

A receita líquida da companhia avançou ainda mais no período (121%), alcançando cerca de R$ 77,8 milhões. Ao final de março, a BR Properties possuía 93 imóveis em seu portfólio, com ABL total de 1.150.799 m² – um aumento de 57,6%%. “Estamos ganhando escala rapidamente”, afirma Claudio Bruni, CEO da empresa. “Depois de abrirmos o capital, em 2010, obtivemos preços de locação melhores do que os previstos e, ainda, conseguimos reajustar os contratos de locação por índices superiores à inflação”, explica ele. Outro fator que contribuiu para o aumento da receita da empresa no período foi a emissão adicional de bônus perpétuos no mercado internacional, realizada em janeiro, que gerou caixa para a Companhia de US$ 85 milhões.

O lucro líquido da companhia somou R$ 22,4 milhões, com aumento de 478% na comparação com o primeiro trimestre de 2010. Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) – ajustado, excluindo as despesas relacionadas ao plano de opções de compra de ações da companhia, provisão de bônus e despesas com vacância de imóveis no período – alcançou R$ 69,9 milhões no primeiro trimestre de 2011, com crescimento de 137% ante o 1T10. A margem EBITDA ajustada, foi de 90%, com incremento de 6 pontos percentuais sobre a margem do 1T10.

“O bom desempenho dos indicadores de EBITDA comprova como a escala é fator fundamental para operar no nosso segmento, já que conseguimos aumentar significativamente o portfólio com um crescimento de despesas bem inferior ao da receita”, explica Pedro Daltro, diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Também ajustado, o FFO (funds from operations, medida do caixa líquido gerado no período utilizada exclusivamente no mercado imobiliário) alcançou R$ 23,9 milhões, com margem de 31%. No primeiro trimestre de 2010, o FFO somara R$ 8,6 milhões.

Nos indicadores está incluído o desempenho da BRPR A, subsidiária da Companhia e administradora de seus imóveis. Focada na valorização dos ativos, na redução de custos de operação e na exploração de rendas acessórias (como estacionamentos e prestação de serviços), ela aumentou de 25 para 29 o número de propriedades administradas entre o primeiro trimestre de 2010 e o mesmo período de 2011. A receita da subsidiária, que representa 1% da receita bruta da BR Properties, alcançou R$ 1 milhão, com 25% de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior.

Outro indicador positivo para a BR Properties foram as taxas de vacância de seus imóveis. A taxa de vacância física, que mede o total de áreas vagas em relação ao total de área bruta locável, baixou de 3,8% para 3,1% entre os primeiros trimestres de 2010 e 2011. Já a taxa de vacância financeira, que reflete a perda de receita gerada pela área vaga, considerando o valor de aluguel por metro quadrado que poderia ser cobrado, diminuiu de 8,1% para 6,2% no período.

“A capacidade de prospecção de novos clientes é um diferencial competitivo e fundamental da BR Properties”, afirma Claudio Bruni, CEO da BR Properties. “Mantemos um departamento dedicado exclusivamente ao acompanhamento dos contratos de locação, que nos possibilita antecipar eventuais movimentos de vacância. Desta forma, a companhia conseguem manter os níveis de vacância extremamente baixos”, destaca ele.

Retrofit e projetos em desenvolvimento
Atualmente, a companhia está implementando obras de retrofit de alguns imóveis, sendo a principal delas a do edifício Manchete, no Rio de Janeiro. O edifício passará por uma completa revitalização e atualização técnica das instalações que o tornará um empreendimento AAA, proporcionando a reinserção de um marco na arquitetura carioca. “A concepção de Oscar Niemeyer, autor do projeto original, será totalmente respeitada e preservada”, assegura Bruni.
O portfólio da BR Properties inclui ainda cinco projetos greenfield em desenvolvimento, dos quais três são edifícios comerciais localizados na capital paulista e dois são prédios industriais no interior do Estado de São Paulo. Juntos, os projetos irão adicionar 191,5 mil m² de área bruta locável à carteira de empreendimentos.

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