21% de todas as vendas imobiliárias nos EUA são para imigrantes, aponta estudo


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Os motivos pelos quais os públicos da América do Sul e da Ásia procuram os Estados Unidos são completamente variados. Os brasileiros estão trocando a compra de roupas e objetos pela de imóveis, passeios, arte e gastronomia. Alguns deles costumavam comprar imóveis pelo telefone como investimento ou na planta para receberem depois. Hoje, já estão colocando à venda, com lucro, para evitar pagar as últimas parcelas. Outros estão adquirindo imóveis comerciais para pagar o financiamento dos residenciais ou para ter uma renda em dólar, seja para permitir uma mudança para o exterior no futuro ou mesmo para diversificar investimentos e garantir tranquilidade financeira.

Os colombianos buscam um imóvel para investimento, os venezuelanos uma casa de férias para eventualmente morar e os chineses já ultrapassaram o Canadá nos primeiros meses de 2015 em procura por imóveis. Hoje, estão com 16% do mercado nacional norte-americano, contra 9% que tinham em 2010.

“Os chineses já investiram mais de US$ 28 bilhões este ano e Miami está se tornando o destino favorito deles. Duas casas para investimento que vendi para brasileiros foram procuradas por estudantes chineses”, afirma Daniel Ickowicz, brasileiro, sócio da consultoria imobiliária Elite International Realty, sediada em Miami.

Os números ainda são reduzidos em comparação à Venezuela (16% do mercado internacional em 2014), Argentina (12%) e Brasil (11%). Os chineses representam 2% desse mercado, volume que dobrou de 2012 para 2013, ficou estável no ano passado e apresenta perspectiva de alta. Nos últimos meses, compraram terrenos de grande porte no centro de Miami, lançamentos residenciais em Miami Beach e até restaurantes, para gerar renda com fundos de comércio nos EUA. A expansão do canal do Panama é promissora para o Porto de Miami e a possibilidade de aumento no comércio internacional na cidade tem atraído os Asiáticos de diversos países.

“Os brasileiros vão continuar comprando, não vão desaparecer. Talvez não seja mais o momento verde e amarelo. China tem potencial, mas não sabemos quem irá desafiá-la”, diz Léo Ickowicz, pai e sócio de Daniel na Elite International Realty.

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